Exposição fotográfica Mutirão destaca a história dos catadores de materiais recicláveis de Curitiba

A história dos catadores de materiais recicláveis de Curitiba está sendo contada na exposição fotográfica Mutirão, que está em exibição no auditório da Rua da Cidadania do Boa Vista. O fotógrafo Ari Baiense registrou a rotina de um grupo de trabalhadores do Sítio Cercado em 15 fotos impactantes. A exposição estará aberta ao público até o dia 17 de novembro. A iniciativa, que conta com o apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), já passou por outras nove ruas da cidadania da cidade e pelo Portão Cultural. A chefe de núcleo da FCC na Regional Boa Vista, Cris Herrera, ressalta a importância de descentralizar as exposições, levando arte para os bairros e surpreendendo os visitantes.

Associação Mutirão: visibilidade e valorização dos catadores de materiais recicláveis

O nome Mutirão faz referência à associação de catadores de materiais recicláveis que Ari Baiense fotografou. O objetivo da exposição é dar visibilidade ao trabalho desses profissionais e registrar a história do grupo. A Associação Mutirão, fundada em 2004, faz parte do Programa Ecocidadão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e busca melhorar a qualidade de vida dos catadores, fortalecendo a rede de coleta e separação de materiais reutilizáveis. Cada associação participante recebe uma remuneração de acordo com a quantidade de material reciclável recebido, o que ajuda a cobrir as despesas. O lucro é obtido com a venda dos materiais separados nos barracões instalados para essa finalidade, contribuindo para a sustentabilidade da associação. A chefe de núcleo da FCC destaca a importância desse trabalho na sociedade, ressaltando que a reciclagem de lixo é uma atividade muito importante e que merece visibilidade.

Exposição Mutirão: um coletivo de sobreviventes da selva urbana

O fotógrafo Ari Baiense define a exposição Mutirão como um coletivo de sobreviventes da selva urbana em que vivemos. Ele destaca a luta desses trabalhadores em busca de sustento com dignidade, contando com o apoio de outros cidadãos que os veem como iguais. Ari Baiense teve contato com a Associação Mutirão em 2007 e, ao longo dos anos, registrou a rotina árdua dos catadores de materiais recicláveis. Ele comenta que a condição sofrida por essas pessoas, desde a jornada pesada até a disputa com atravessadores de material reciclável, foi o que o motivou a realizar esse trabalho. A exposição Mutirão também foi transformada em um fotolivro, lançado em março de 2019. Além das fotos, o livro conta com relatos dos catadores sobre seu trabalho, textos do jornalista José Carlos Fernandes e ilustrações de Vinícius Barajas. A renda obtida com a venda do livro é revertida para a Associação Mutirão.

Autógrafos e bate-papo com o fotógrafo Ari Baiense

Com o encerramento da exposição na Rua da Cidadania do Boa Vista, Ari Baiense pretende promover um dia de autógrafos e conversa com os visitantes. Ele planeja doar exemplares do fotolivro e arrecadar donativos que serão revertidos para a Associação Mutirão. Ari Baiense destaca que há muitos livros disponíveis para doação e que as pessoas podem contribuir de acordo com sua condição e sentimento. Essa é uma oportunidade de apoiar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis e ajudar a promover uma vida mais digna para eles.

Exposição Mutirão: informações e horários

A exposição Mutirão está em exibição no Auditório da Rua da Cidadania do Boa Vista, localizado na Avenida Paraná, 3.600. O horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. A exposição é gratuita e estará aberta ao público até o dia 17 de novembro. Confira asNotícias de Curitiba e Regiãona Gazeta do Bairro. Acompanhe maisnotícias de curitiba e região aqui na Gazeta do BairroNotícias dos Bairros Curitiba
Fonte:cgn.inf.br
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