Há quase uma década, a empresa de pesquisas tecnológicas vem buscando soluções para a mobilidade elétrica

Nesta quinta-feira, 8 de julho, Curitiba ganha um novo projeto de mobilidade sustentável. Agora, colaboradores do Lactec, centro de inovação e pesquisas tecnológicas com sede na capital paranaense, podem fazer uso compartilhado de dois veículos Zoe, modelo 100% elétrico produzido pela Renault do Brasil. 

Na opinião do presidente do Lactec, Luiz Fernando Vianna, essa iniciativa mostra a adesão do instituto à tendência de eletrificação da frota. “Cada vez mais notamos a mudança na matriz energética da frota de transporte, que é, sem dúvida, uma tendência mundial. No Brasil, a hora é agora e queremos nos firmar como um provedor de soluções tecnológicas na área de mobilidade elétrica, seja para as companhias elétricas, seja para a indústria automotiva e os demais segmentos envolvidos”, analisa.

Com o sistema Renault Mobility, que já é utilizado em outros projetos de mobilidade elétrica da montadora ao redor do mundo, os colaboradores podem reservar um carro por dias, horas ou mesmo minutos, para atender a compromissos rápidos. “Fazer parte deste importante ecossistema de inovação paranaense é algo de grande orgulho para todos nós. Com o Renault Mobility by Mobilize, os profissionais do Lactec poderão experimentar toda a versatilidade de uma mobilidade sustentável” pontua Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil. 

O carsharing opera no modelo de estações, em que os funcionários retiram e devolvem os veículos em locais determinados e podem fazer livre uso dos automóveis durante o período de reserva. Por meio de um aplicativo, é possível visualizar a disponibilidade dos veículos e fazer a reserva.

Go Green

A novidade faz parte da iniciativa Go Green, que engloba ações e projetos do Lactec com foco no desenvolvimento sustentável. A preocupação com o meio ambiente é uma das prioridades do instituto, que tem projetos com esse intuito voltados a diversos segmentos, entre eles, o automotivo e o de energia.

Há mais de nove anos, o Lactec participa de estudos para o desenvolvimento de soluções que favoreçam a eletrificação do transporte no Brasil. Cinco deles estão em andamento no momento e os pesquisadores do instituto estão focados em duas frentes: criar estruturas de recarga de veículos junto com modelos de negócio para a comercialização da energia elétrica utilizada e inserir a mobilidade elétrica nas rotinas operacionais das concessionárias do setor elétrico.

Na opinião de Vianna, esse é um mercado que tende a crescer e, com ele, a demanda por tecnologias ligadas à eletrificação de frota. “Quando avaliamos que a frota elétrica do país ainda representa 1% do total, parece algo muito pequeno, mas estando na vanguarda das pesquisas e desenvolvimento de tecnologia teremos chances mais competitivas de desenvolvimento", avalia

Tecnologia a favor do meio ambiente

O setor de transporte é responsável por quase 25% das emissões globais de gases de efeito estufa. As partículas de óxidos de carbono e nitrogênio, liberadas no processo de queima do combustível fóssil usado pelos veículos, são as principais causas da poluição do ar nas cidades.

No caso dos carros elétricos, essa liberação de poluentes não acontece durante o uso do veículo. Além disso, os modelos elétricos são silenciosos e têm baterias mais eficientes — ou seja, precisam de menos energia para fazer o mesmo esforço em comparação com um carro movido à gasolina, por exemplo.

Segundo previsão da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o mercado nacional de automóveis e comerciais leves híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV) deve ultrapassar a marca de 28 mil unidades em 2021, projeção de crescimento em torno de 42% sobre os 19.745 emplacamentos de 2020 — que já tinha sido o melhor ano da eletromobilidade no Brasil, com aumento de 66% sobre as vendas de 2019.

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