A indústria de quadrinhos foi criada no final do século XIX e se fortaleceu como promotora de venda de jornais. Gigantes da comunicação do início do século XX, Joseph Pulitzer e Willian Hearst, competiram fortemente por artistas que produzissem tiras de quadrinhos para seus periódicos.
A publicação da primeira tira seriada, “The Yellow Kid”, em jornais populares gerou o termo “Imprensa Amarela” nos EUA (no Brasil, Marrom), e fomentou o preconceito que os quadrinhos sofrem até hoje em muitos países, como no Brasil.
No entanto graças às tiras os quadrinhos têm status de arte. Os quadrinhos de jornal são produzidos com primor e seus artistas bem pagos (não raro as tiras eram produzidas por equipes de artistas), muitos personagens ganharam musicais e filmes. Os leitores de tiras podiam ler vários gêneros numa página (humor, aventura, romance, educativo,...), e suplementos semanais coloridos.
O sucesso das tiras estimulou publicadores a criarem distribuidoras, os “Syndicates”, para suprir outros jornais. O maior sucesso nacional dos quadrinhos, Maurício de Souza, iniciou seu império midiático com tiras.
No final do século XX os quadrinhos perderam espaço nas páginas dos diários brasileiros, que deixaram de entreter seus leitores com as tiras. Em paralelo observou-se queda vertiginosa das vendas de jornal no país. Para um povo pouco apegado à leitura, restaria à mídia buscar formas consolidadas de recuperar o hábito de seus consumidores.
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Humberto Schvabe
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