A era digital em que vivemos torna os dados que circulam no ambiente virtual altamente importantes e valiosos. Infelizmente, a comercialização dessas informações é feita em um mercado desigual e limitado, sem que as pessoas tenham controle sobre suas atividades econômicas. É aí que entra o movimento Data Dignity, que busca proteger a autonomia pessoal dos usuários e debater sobre questões que envolvem o controle de como e por quem nossos dados estão sendo usados.
Os dados são o recurso mais valioso do mundo, superando até mesmo o petróleo. Isso porque as informações de uma empresa sobre seus procedimentos, fornecedores, clientes e resultados possuem grande valor. Entretanto, com o crescente número de ataques cibernéticos, a segurança das informações se torna cada vez mais importante. O movimento Data Dignity surge para proteger a autonomia pessoal dos usuários e garantir que suas informações sejam usadas de forma apropriada.
Ao contrário do que muitos pensam, privacidade e dados são coisas separadas. A privacidade envolve a proteção das informações pessoais, enquanto os dados são a representação abstrata de quem somos e como nos comparamos a outras pessoas. Empresas utilizam essa representação para oferecer serviços grátis, mas a falta de controle sobre essas informações pode ser perigosa e manipuladora.
O fornecimento de dados em aplicativos e plataformas pode ter impactos muito maiores do que imaginamos. Um exemplo é o caso do aplicativo Strava, que revelou dados sensíveis sobre a localização de bases militares dos Estados Unidos. Por isso, é importante discutir sobre a melhor maneira de ter um controle maior sobre nossos dados e garantir que essas informações sejam usadas de forma apropriada.
A Microsoft criou o Projeto Bali, que consiste em um novo banco de dados pessoais que coloca os usuários no controle de todos os dados coletados sobre eles. A iniciativa visa garantir que todos possam ter domínio total sobre armazenamento, visualização, gerenciamento, controle, compartilhamento e monetização dos seus próprios dados. O movimento Data Dignity, liderado por Jaron Lanier, cientista-chefe da Microsoft, busca corrigir esses erros e garantir que os usuários sejam pagos pelos seus dados pessoais.
Em um mundo conectado como o atual, o uso de dados é imprescindível para entregar uma experiência mais customizada e otimizada aos consumidores. No entanto, é importante que os direitos de propriedade dessas informações sejam respeitados e que os usuários tenham controle sobre como seus dados são utilizados. O movimento Data Dignity ganha cada vez mais força nesse cenário. Fique por dentro das tendências de marketing e cultura baseada em dados no Inteligência Corporativa.
Acompanhe mais dicas de Gestão e Liderança aqui na gazetadobairro