O filme brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, foi pré-selecionado para o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional.
A produção está entre os 15 títulos escolhidos para a fase inicial da premiação.
O anúncio foi feito na última sexta-feira (3) por meio do perfil oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no Instagram.
Na publicação, o longa aparece listado com o título "Brazil" no topo da imagem.
Indicações ao Globo de Ouro
Além da pré-seleção ao Oscar, Ainda Estou Aqui também concorre em duas categorias no Globo de Ouro 2025:Melhor Filme de Língua Não Inglesa e Melhor Atriz de Drama, pela atuação de Fernanda Torres.
A cerimônia acontecerá no próximo domingo (5).
História
Com um público de mais de três milhões de espectadores desde sua estreia nos cinemas, em 7 de novembro, o filme retrata a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres na juventude e por Fernanda Montenegro na velhice.
Mãe de cinco filhos, Eunice dedicou décadas à luta pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado preso, torturado e assassinado por agentes da Aeronáutica em 1971.Seu corpo nunca foi encontrado.
A produção é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice. A história aborda a resistência da protagonista, que enfrentou o regime militar brasileiro enquanto lidava com a doença de Alzheimer, que a acompanhou até sua morte em 2018.
Walter Salles
Ainda Estou Aqui marca o retorno de Walter Salles à direção de longas-metragens após 12 anos afastado do formato.
Créditos do diretor incluem : Terra Estrangeira (1995), Central do Brasil (1998), Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2003) e Água Negra (2005).
O jornal britânico The Guardian elegeu Walter Salles como um dos 40 melhores diretores do mundo e a Forbes aponta Salles como o segundo cineasta mais rico do mundo, graças ao patrimônio herdado do pai.
Opinião GB
É uma conquista incrível para o cinema brasileiro, destacando-se em premiações internacionais como o Oscar e o Globo de Ouro. A história de resistência e memória é poderosa, e o reconhecimento de Ainda Estou Aqui é mais que merecido.
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Admilson Leme
