Nascido Giovanni Maria Mastai-Ferretti, o papa Pio IX entrou para a história como o pontífice com o mais longo papado já registrado na Igreja Católica.
Ele foi eleito em 16 de junho de 1846 e permaneceu no cargo até sua morte, em 7 de fevereiro de 1878, totalizando 31 anos, 7 meses e 23 dias à frente da Santa Sé.
Durante seu extenso pontificado, Pio IX enfrentou uma das fases mais turbulentas do século XIX, tanto no cenário religioso quanto no político.
Um dos marcos de sua liderança foi a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 1854, que reforçou a doutrina mariana ao afirmar que a Virgem Maria foi concebida sem pecado original, uma decisão teológica de grande impacto para o catolicismo.
Outro momento decisivo de seu papado ocorreu em 1870, com a perda definitiva dos Estados Papais durante o processo de unificação da Itália, encerrando assim o poder temporal dos papas.
A captura de Roma pelo exército italiano marcou o fim do controle político da Igreja sobre territórios e deu início à chamada "Questão Romana", conflito entre a Santa Sé e o novo Estado italiano, que só seria resolvido em 1929 com os Pactos de Latrão.
Pio IX também convocou o Primeiro Concílio Vaticano, em 1869, que definiu, entre outras coisas, o dogma da infalibilidade papal, segundo o qual o papa é infalível quando proclama oficialmente doutrinas de fé e moral.
Seu longo e controverso papado deixou marcas profundas, moldando o catolicismo moderno e abrindo caminho para debates sobre a relação entre fé e poder secular.
Beatificado pelo papa João Paulo II em 2000, Pio IX segue sendo uma figura de grande relevância histórica e religiosa.
PapaIgreja CatólicaPapa FranciscoJoão Paulo IIPio IXSanta FéPontificadoReligioso#políticaVirgem MariaItáliaRomaVaticanoBeatificaçãoDoutrina
Admilson Leme