Sem público e sem programação especial por conta da pandemia da covid-19, o Zoológico de Curitiba completou 39 anos no dia 28/3. O espaço, inaugurado em 1982 como um presente de aniversário para a cidade, vem passando por diversas transformações físicas e estruturais para se consolidar, cada vez mais, como centro de pesquisa e conservação de espécies.
O Zoo é responsável pelo cuidado de mais de 1,5 mil animais, que ficam na área de visitação. Mais de 70% deles vieram de situações de intervenção humana que impossibilitaram sua soltura na natureza (apreensões, tráfico, circos e maus-tratos). Hoje, animais recebidos pelo Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) também encontram abrigo e cuidado na unidade de conservação do Alto Boqueirão. Foram acolhidos 57 desde 2019.
Outros acabam nascendo por lá, dentro de programas nacionais de conservação de espécies ameaçadas de extinção, conforme a classificação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) .
“Adotamos a conduta de estabelecer ambientes cada vez mais pensados para o bem-estar dos animais, equipe técnica buscando se manter atualizada e as trocas de experiências possibilitadas pela participação nos grupos nacionais de conservação”, avalia o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo.
Dez espécies
No início deste ano, o trabalho foi ampliado. Duas novas espécies - jacucacas e saguis-da-serra-escuros - passaram a fazer parte dos programas de conservação locais. Já estão na cidade os exemplares de jacucacas, aves endêmicas da caatinga; e a instituição pleiteia receber, ainda neste semestre, casais dos primatas, que ocorrem, principalmente, nos estados da Região Sudeste.
Melhoria contínua
Para todo esse trabalho funcionar, o Zoo não para de investir na melhoria dos espaços destinados aos animais sob seus cuidados. Além da ampliação de recintos dos felinos, foi construída, recentemente, uma nova bateria de recintos para aves de rapina.
Fechado
O Zoológico de Curitiba permanece fechado dentro das restrições da bandeira vermelha na cidade de Curitiba.
Humberto Schvabe