Qual é a Graça?

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Literatura imensa tem sido escrita sobre o mistério da “Graça”. Dom gratuito e beleza.
O Kosmos dos gregos é a beleza do Universo.
A Graça, a bem dizer, é o infinito, o todo, o Inconsciente. É algo longínquo, obscuro, não controlado pelo pequeno consciente do ego, não merecido, não causado.
O consciente representa sempre um menos, uma parte, ao passo que quando o inconsciente invade o consciente, sem que este o tenha causado, então falamos em “Graça”, em “Carisma”, em “Dom Gratuito”.
Quando o inconsciente não coopera devidamente com o consciente, entramos em apuros; a máquina funcional sem volante, aos trancos… por isto, diz a sabedoria do povo: “mais vale quem Deus ajuda do que quem sedo madruga”.
“Os deuses estão irados”, diziam os antigos, num caso desses; “tudo vai mal sem a ajuda dos deuses”, ou na linguagem do Evangelho “deve o homem buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça”, para que “todas as outras coisas” lhe sejam acrescentadas – as coisas do consciente funcionam bem quando o inconsciente está presente como invisível substrato; então o homem “anda na presença de Deus e é perfeito”, então ele para sempre, e nunca deixa de orar.
Para além das luzes, do cenário visível do nosso consciente, por entre a invisível penumbra dos bastidores do inconsciente, converge toda a sabedoria dos séculos e milênios da humanidade.

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