Preocupação

pedro teste-gazeta-do-bairro

Preocupações e ansiedades continuam dissipando nossa energia. E precisamos de uma energia transbordante para compartilharmos do Divino. As preocupações são vazamentos, buracos pelos quais a energia está continuamente se dissipando.
Pare de se preocupar. Não há nada com que se preocupar, tudo já foi resolvido. Viva com essa confiança. A existência ama você. Nenhum mal irá lhe acontecer, nenhum mal jamais pode acontecer. Como o todo poderia ferir uma de suas próprias partes? Isso é impossível. E, se algumas vezes você sentir que algo ruim está acontecendo, pode ser que haja um erro de interpretação de sua parte. Deve haver alguma benção escondida ali.
Uma vez que essa confiança surja em uma pessoa, não há necessidade de se preocupar, de permanecer em um estado de ansiedade. A ansiedade significa “não há ninguém para cuidar de mim. Tenho que carregar todo o peso em meus próprios braços. Se eu não carregar esse peso, estou acabado, e toda a existência é hostil”. É isso que cria a ansiedade: “todos estão contra mim. De alguma forma eu, e não outros, seja o vencedor. Todos são competidores e estão decididos a me vencer”.
Essa atitude gera ansiedade, é uma atitude de uma “pessoa não-religiosa”, não estou me referindo a alguém que não vai a igreja, que não lê a Bíblia – não é essa a questão. A pessoa pode ler a Bíblia, pode ir à igreja, mas, se estiver ansiosa o tempo todo, não é uma pessoa religiosa. É possível que ela vá a igreja apenas por causa da sua ansiedade. Por conta dessa ansiedade, ela reza para Deus e, pelo mesmo motivo, lê a Bíblia, buscando proteção e segurança. Mas, se a ansiedade estiver presente, uma pessoa não é religiosa. Ela tem uma atitude patológica e sua religião será igualmente patológica.
Uma pessoa verdadeiramente religiosa nunca se sente ansiosa, ela muda toda a sua forma de compreender as coisas. Sabe que é parte de toda a existência, e, se árvores não estão preocupadas, se os pássaros não estão enlouquecidos, se os animais estão profundamente felizes, porque ela não deveria fazer o mesmo?
“Eu pertenço a essa existência, sou uma parte essencial dela”. Essa confiança, essa compreensão, essa fé fazem com que qualquer ansiedade desapareça. Você parou de gerar ansiedade. Parou de disseminar ansiedade.
Então há tanta energia sendo preservada que começa a transbordar uma espécie de festividade. Torna-se uma dança. É tão abundante, tão exuberante, que a vida se torna um festival. Nesse momento podemos dizer que uma pessoa é religiosa, que ela está embriagada com o Divino.

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