O estresse faz bem, sim senhor

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Faz muito bem até atingir o limite de se transformar num grande mal. Assim é com quase tudo em nossa vida. A alimentação é indispensável, mas comer demais é horrível!
Passar nervoso de vez em quando é normal e nos deixa assim mais atentos, ágeis e competitivos.
Agitar-se e ficar alerta até sair uma fumacinha pelas orelhas, acredite, é uma pressão muito boa para sua cabeça.
Isto é o que defendem profissionais da saúde como o neurocientista Bruce McEwen, neurocientista, professor da Universidade Rockefeller de Nova York. Ele considera o estresse fundamental para a sobrevivência. É nesta condição que o cérebro nos prepara para reagir ao desastre.
Nos deixa prontos para tomar decisões com mais rapidez e ainda registrar, em nosso cérebro, informações que podem ser decisivas na hora de encararmos desafios e perigos. É desta maneira que pessoas estressadas aumentam sua capacidade para superar um problema, enfrentar um risco iminente.
É claro que temos de voltar ao início do texto: se nos estressamos demais, os efeitos benéficos acabam se transformando em prejudiciais.
Começa com falhas no cérebro e na memória. Por isso precisamos aprender a apreciar, ou dominar a presença do estresse cuidando do corpo e da mente.
Para isto temos de manter um estilo de vida saudável, com alimentação adequada, atividades que nos deem prazer e nos mantenham ativos.
Lembre que, no limite, o estresse é um sinal de que temos saúde. É uma carga de ansiedade normal que recebemos no sentido de nos manter ativos buscando evoluir na vida. Estas situações vão da necessidade inicial de buscar alimentação para si e para a família, passando pelos mais diversos momentos da vida social e relações de trabalho.
Ficamos estressados quando nos deparamos com algo diferente ou nos sentimos ameaçados, não só em situações de perigo, mas também diante de desafios.
Neste momento, a resposta do cérebro é descarregar uma dose de preocupação e agitação, nos alertando para a necessidade de encontrarmos uma solução. Resolver uma tarefa. Ficamos mais competitivos e alertas.
A chave desse processo, segundo os neurologistas, é o cortisol, conhecido como hormônio do estresse e liberado pelo cérebro em situações de pressão.
A presença deste hormônio faz com que fiquemos mais vigilantes, com capacidade de respostas mais rápidas diante de uma situação de estresse: vem a ansiedade, coração acelerado, adrenalina, aumento das funções da memória. É o alerta indicando uma situação de perigo. Uma briga com a namorada, ou mesmo um risco de acidente. E vem para garantir a reação que possa me manter vivo, ou evitar o fim do namoro.
Os mecanismos que causam o estresse existem para nos proteger, enquanto estiverem sob nosso controle. Quando desregulados, causam doenças como depressão, obesidade, diabetes, artrite.
A reação é que vai determinar o bem ou o mal. Uma reação equilibrada nos defende enquanto uma resposta exagerada nos leva à exaustão, ao limite de resistência de nosso organismo que pode desencadear um mal efetivo.
Podemos dizer que nossa reação pode nos conduzir ao estresse: bom, ao tolerável, ou ao stress tóxico.
No nível extremo entre outras reações podemos até dizer que temos a impressão que o cérebro para de funcionar e deixa de processar as informações.
Viver em constante estado de alerta, desgasta o corpo e desenvolve diversas doenças.
Para encerrar, vamos repetir os velhos conselhos: estilo de vida saudável, alimentação adequada, exercícios físicos, dormir bem, não exagerar; no álcool, no alimento, nos exercícios, nos vícios, não fumar. Uma vida saudável pode manter uma cabeça saudável, pois se o corpo funciona bem é bem mais fácil manter a mente em bom estado também.

E lembre sempre, seu nível de autoestima e auto-eficiência estão associados à capacidade de lidar com praticamente tudo na vida.

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