“Grandes epidemias e pandemias: conheça as histórias que marcaram a humanidade”

Os primeiros casos de gripe espanhola foram registrados nos Estados Unidos. Acredita-se que essa doença matou, pelo menos, 50 milhões de pessoas.

Grandes epidemias e pandemias marcaram a história da humanidade, em todos os períodos, e dizimaram diferentes povos. Neste texto, vamos mostrar algumas epidemias e pandemias que atingiram o homem na Antiguidade, na Idade Média e na fase contemporânea da história, bem como as suas consequências. Leia também: COVID-19 – a mais recente pandemia a assolar a população mundial Tópicos deste artigo1 – Pandemia x epidemia2 – Grandes epidemias e pandemias da históriaPeste de Atenas (430-427 a.C.)Peste negra (1347-1353)Gripe espanhola (1918-1919)Ebola (2013-2016)3 – Outras epidemias ao longo da históriaPandemia x epidemia Antes de conhecermos as epidemias e pandemias que marcaram a história mundial, é importante nos atentarmos para as diferenças entre os conceitos de epidemia e pandemia. Uma epidemia faz referência a doenças que se disseminaram por uma região geográfica limitada, como uma cidade. Já o termo pandemia é utilizado para se referir a uma doença que se espalhou por um espaço geográfico muito grande, como um continente. Para saber mais sobre, recomendamos a leitura deste texto: Pandemia. Grandes epidemias e pandemias da história A história da humanidade não é marcada apenas pelos grandes impérios, grandes guerras e o avanço material e tecnológico do homem no tempo, mas também pelas grandes doenças que afetaram os mais diversos povos. As epidemias e pandemias que aconteceram e foram registradas ao longo da história causaram momentos de grande tensão e foram catalisadores de transformações em alguns casos. São acontecimentos que colocaram sociedades inteiras sob ameaça e, por isso, são objetos de estudo dos historiadores. Vamos conhecer algumas delas? Peste de Atenas (430-427 a.C.) A partir do verão de 430 a.C., a cidade de Atenas, uma das grandes cidades da civilização grega, foi atingida por um surto epidêmico. A epidemia foi registrada pelo grego Tucídides, historiador que também relatou a Guerra do Peloponeso. A doença teve um grande surto entre 430-429 a.C., enfraqueceu-se durante 428 a.C. e ganhou força novamente a partir de 427 a.C. Entre 430-427 a.C., a cidade de Atenas sofreu com uma doença desconhecida que, acredita-se, causou a morte de até 35% da população. Os relatos deixados por Tucídides falam que a doença iniciou-se na zona portuária de Atenas e espalhou-se pelo resto da cidade. Os casos começaram a aparecer bem no início da Guerra do Peloponeso e tiveram um efeito fulminante nas tropas atenienses. O autor J. N. Hays fala que uma tropa de hoplitas formada por 4 mil homens presenciou a morte de 1.050 deles|1|. Dado o contexto em que essa doença se iniciou em Atenas, os estudiosos do assunto chegaram à teoria de que a grande circulação de pessoas por causa da guerra facilitou a disseminação da enfermidade. Os sintomas foram descritos por Tucídides: […] Em geral, o indivíduo no gozo de perfeita saúde via-se subitamente preso dos seguintes sintomas: sentia em primeiro lugar violenta dor de cabeça; os olhos ficavam vermelhos e inflamados; a língua e a faringe assumiam aspecto sanguinolento; a respiração tornava-se irregular e o hálito fétido. Seguiam-se espirros e rouquidão. Pouco depois a dor se localizava no peito, acompanhada de tosse violenta; quando atingia o estômago, provocava náuseas e vômitos com regurgitação de bile. Quase todos os doentes eram acometidos por crises de soluços e convulsões de intensidade variável de um caso a outro. A pele não se mostrava muito quente ao tato nem também lívida, mas avermelhada e cheia de erupções com o formato de pequenas empolas (pústulas) e feridas|2|. Acredita-se que a doença nunca tinha atingido a cidade de Atenas, haja vista a violência pela qual ela acometeu a população local. Existem alguns estudiosos que afirmam que a enfermidade teve grande impacto nas mulheres grávidas. Os relatos de Tucídides deixam a entender que o desespero da população criou um quadro de desrespeito às leis e, à medida que as preces religiosas não eram atendidas, a religião também começou a ser alvo desse desrespeito. Apesar de ter sido conhecida como “peste de Atenas” e o nome sugerir que se tratou de um surto de peste bubônica, os estudiosos sugerem que a doença que atingiu a cidade grega não foi essa. Um estudo conduzido no começo do século XXI com base em ossadas de uma vala comum encontrada chegou à conclusão da ocorrência de febre tifoide, mas existem outros estudos que apontam tifo. Existem ainda teorias que sugerem doenças como varíola e sarampo e que até 35% da população ateniense possa ter morrido|1|. Acredita-se também que a doença possa ter se disseminado para outros locais a partir de Atenas. Outras pestes aconteceram na Antiguidade, como a peste de Siracusa, em 395 a.C., e a peste antonina, que atingiu Roma em 166 d.C. Leia também: Existem doenças que ocorrem tanto em homens quanto em outros animais? Peste negra (1347-1353) As epidemias e pandemias não ficaram reclusas à Antiguidade e estenderam-se por outros períodos também, como a Idade Média. Esse período da história presenciou uma das maiores pandemias da humanidade, a de peste bubônica, que recebeu o nome de peste negra e é tradicionalmente conhecida por ter dizimado, pelo menos, cerca de 1/3 da população europeia. A peste negra foi uma pandemia de peste bubônica que causou a morte de até 2/3 da população europeia. A peste negra designa uma doença transmitida para os seres

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Fonte: Brasil Escola

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