Com o avanço da sociedade moderna e o desenvolvimento da industrialização, a urbanização tem se intensificado em todo o mundo. Inicialmente, isso ocorreu nos países centrais, que passaram por um processo industrial clássico no século XVIII. A partir do século XX, foi a vez dos países periféricos, que tiveram um desenvolvimento produtivo tardio. No entanto, a formação e o crescimento acelerado das cidades, principalmente nos países subdesenvolvidos, têm gerado diversos problemas sociais e ambientais.
A concentração de pessoas em ambientes urbanos despreparados para recebê-las, aliada à poluição causada por fábricas e veículos, tem resultado em altos índices de poluição. Um estudo realizado pelo Instituto Blacksmith, uma ONG, divulgou em 2013 uma lista com as dez cidades mais poluídas do mundo. Todas elas estão localizadas em países subdesenvolvidos e emergentes, evidenciando as contradições existentes no meio produtivo e urbanístico dessas regiões.
A cidade de Linfen, na China, ocupa o primeiro lugar da lista. A principal fonte de poluição na cidade é a produção de carvão mineral, que emite uma grande quantidade de pó no ar. Esse pó, devido à sua alta densidade, tem dificuldade de se dispersar na atmosfera. Tianjin, também na China, ocupa o segundo lugar devido à elevada poluição atmosférica causada pela produção de chumbo. Essa cidade é responsável por mais da metade da fabricação chinesa desse material e é considerada 8,5 vezes mais poluída do que o máximo aceito pelas entidades de saúde chinesas.
Sukinda, na Índia, ocupa o terceiro lugar da lista devido à mineração de cromo feita sem regulação ambiental. Essa atividade polui o ar, o solo e o rio Brahmani, única fonte de água potável da cidade e região. Vapi, também na Índia, está em quarto lugar devido ao parque industrial que não respeita as normas ambientais. A população sofre com problemas de intoxicação e doenças causadas pela contaminação dos recursos hídricos disponíveis.
A única cidade sul-americana da lista é La Oroya, no Peru, que sofre com a poluição causada pela empresa estadunidense Doe Run Corporation, responsável pelos problemas ambientais na região desde a década de 1920. Dzerzhinsk, na Rússia, ocupa o sexto lugar por ser o centro de produção de armas químicas durante a Guerra Fria e ainda manter a produção químico-industrial. Norilsk, também na Rússia, possui o maior complexo de fundição de metais pesados do mundo, que polui o ar e provoca chuvas ácidas e problemas respiratórios.
Chernobyl, na Ucrânia, ainda sofre com a poluição decorrente do acidente nuclear de 1986, que causou milhares de casos de câncer na região. Sumgayit, no Azerbaijão, possui um dos maiores polos petroquímicos do mundo e tem altos níveis de toxicidade do ar, prejudiciais à saúde. Kabwe, na Zâmbia, é afetada pela extração de chumbo realizada durante a colonização britânica, o que resultou em altos índices de mortalidade devido à toxicidade da água.
Essas dez cidades representam casos extremos de poluição ambiental, que refletem as consequências negativas do desenvolvimento industrial e urbano desordenado. É necessário implementar políticas de preservação e melhoria do meio ambiente, visando garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Fonte: Gazeta do Bairro (gazetadobairro.com.br)
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Fonte: Brasil Escola