Automação não vai destruir os empregos

Articulista Rodrigo Schvabe - Mercado Binário
Articulista Rodrigo Schvabe - Mercado Binário

Robôs: Ame-os ou odeie-os. Não há funcionários negando que, em certas indústrias, vão perder o emprego para eles.
Um estudo de 2013 descobriu que até 47 por cento dos trabalhadores americanos têm empregos que têm potencial para serem substituídos pela automação.
Mas será que esta estatística é bastante alarmante mesmo ou não estão nos a imagem completa? Mesmo com a automação, é difícil acreditar que não haverá uso para trabalhadores qualificados.

Avançando para maiores alturas
Automação não é um conceito tão novo como alguns pensam.
A tecnologia sempre avançou ao ponto de poder substituir as tarefas normalmente realizadas pelos seres humanos. É só procurar um pouquinho adiante e achar o caixa eletrônico e o check-in automático.
Mas a automatização das tarefas dos caixas de banco não fez as pessoas desaparecerem dessas indústrias. Na verdade, o número de trabalhadores nessas ocupações cresceu – assim como a indústria robótica, que criou mais de 5 milhões de novos empregos.
O marketing é outra indústria na qual a automação está criando eficiência e inovação.
Em média, 49% das empresas usam software de automação de marketing, e isso está impulsionando um aumento de 14,5% na produtividade de vendas e uma queda de 12,2% na sobrecarga do marketing.
E ao invés de destruir a indústria do marketing, a tendência criou novas funções executivas, como o técnico chefe de marketing, bem como as posições de nível inferior tais como especialista em automação, cientista de dados e curador de conteúdo.
Enquanto os trabalhos de tijolo e argamassa podem diminuir com a automação, as operações de back-end (incluindo atendimento ao cliente, TI, recursos humanos, logística, gerenciamento, etc.) estão rapidamente aumentando não apenas para criar mais empregos, mas também reorganizar posições atuais.
No serviço ao cliente, por exemplo, os bots de inteligência artificial podem ser programados para cumprimentar consumidores e responder a perguntas simples e comuns, liberando o tempo dos funcionários humanos para lidar com situações de atendimento ao cliente mais complexas ou sensíveis.

Viajando para novas rotas
Mesmo com máquinas assumindo, sempre haverá uma necessidade de trabalho humano e experiência para executar, solucionar problemas e corrigi-los.
A tecnologia não dispensa empregos – cria novos departamentos, empresas e até indústrias.
Os passaportes estão sendo automatizados de maneiras diferentes ao redor do mundo. Nos EUA usam um Programa de Controle Automatizado de Passaportes para ajudar os cidadãos que chegam a casa de férias, desviando longas e lentas linhas alfandegárias.
Três aeroportos principais em Nova York têm uma Assistente Virtual de Aeroporto (ou AVA, embora você possa igualmente chamá-la Avatar) que trabalha respondendo perguntas dos viajantes.

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