Ronaldo Fenômeno decidiu, em dezembro de 2024, se candidatar à presidência da CBF. No entanto, ele não imaginava que, para ingressar nessa instituição, seria praticamente necessário se submeter a um sistema de corrupção enraizado há décadas.
O ex-jogador enfrentou forte resistência das federações, sendo rejeitado por 26 das 27 existentes. Apenas a Federação Paulista demonstrou interesse em ouvir suas propostas.
Esse cenário apenas expõe ainda mais as falhas estruturais do futebol brasileiro, onde a CBF concede grande influência às federações, ao mesmo tempo em que se rende à máquina lucrativa em que se transformou.
Com a desistência de Ronaldo, o atual presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, tem caminho livre para sua reeleição.
Enquanto os gestores do futebol estiverem mais focados em lucrar com o esporte e manterem suas posições através desse sistema, o futebol brasileiro, já em decadência, dificilmente voltará a trazer alegria ao seu povo.
Fernando Plantes