O Paraná Clube, com seus 35 anos de história, vivenciou ontem o seu terceiro rebaixamento no Campeonato Estadual (2011, 2022 e 2025). No entanto, essa fase difícil, ou "zica", como alguns torcedores chamam, não apareceu de forma repentina. Em minha visão, esse processo já vem se arrastando desde o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2018.
Naquele ano, com a euforia da torcida ao ver o Tricolor da Vila de volta à elite do futebol brasileiro, após 11 anos na Série B, ninguém imaginava o que os anos seguintes reservavam para o clube.
Em 2020, o ciclo de rebaixamentos continuou, quando o time caiu para a Série C. Mas, como dizem, "o que está ruim pode piorar": em 2021, o clube desceu para a Série D, a última divisão do futebol brasileiro.
As trocas de acusações entre os dirigentes, com uns defendendo o que chamam de "lado do bem" e outros, o "lado do mal", indicavam que o clube seguia a passos largos para a decadência.
Em 2022, o clube atingiu o fundo do poço, sendo rebaixado no Estadual e caindo na Série D para o Pouso Alegre, de Minas Gerais, nas oitavas de final, ficando sem qualquer divisão nacional.
Quem mais sofre com essa realidade é a torcida, sempre presente nos estádios. Hoje, não sabemos o que o futuro reserva para um clube que nasceu tão grande, mas que pode acabar de forma diminuta.
Fernando Plantes