Após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, cientistas descobriram um fungo negro, o Cladosporium sphaerospermum, crescendo nas paredes do reator nº 4.
Este fungo possui melanina, pigmento que lhe confere a cor escura e permite absorver radiação gama, convertendo-a em energia química para seu crescimento, um processo semelhante à fotossíntese das plantas, mas utilizando radiação em vez de luz solar.
Pesquisas indicam que a exposição à radiação aumenta a taxa de transferência de elétrons mediada pela melanina nesses fungos, acelerando seu crescimento.
Além disso, estudos sugerem que o Cladosporium sphaerospermum poderia ser utilizado para desenvolver habitats resistentes à radiação, protegendo astronautas em missões espaciais.
A descoberta reforça a máxima atribuída ao químico Antoine Lavoisier:
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
©Imagem: pixabay
Chernobyl: o desastre nuclear que marcou o mundo
Em 26 de abril de 1986, um teste de segurança deu errado e provocou a explosão do reator 4 da usina de Chernobyl, na antiga União Soviética. O acidente liberou uma enorme quantidade de radiação, contaminando cidades próximas, como Pripyat, e até outros países.
A tragédia aconteceu por erro humano e deixou consequências sérias para a saúde, o meio ambiente e a política da época. Estima-se que milhares de pessoas morreram por causa da exposição à radiação.
Pripyat foi evacuada e virou uma cidade fantasma. Sem humanos por perto, a natureza tomou conta e várias espécies de animais voltaram a habitar a região.
Mesmo décadas depois, Chernobyl continua sendo um lugar perigoso, e cientistas acreditam que a área só será segura daqui a milhares de anos.
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Admilson Leme