Um episódio do programa norte-americano The Ghost Inside My Child voltou a ganhar destaque nas redes sociais nesta semana.
O motivo é a história de Cade, um menino que, aos 7 anos, afirmou ter vivido uma vida anterior e ter morrido nos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York (EUA).
Reprodução/YouTube
O caso foi originalmente exibido em 2013, mas voltou a viralizar após perfis ligados a temas como reencarnação compartilharem os relatos do garoto.
Segundo a família, Cade apresentava comportamentos incomuns desde o nascimento.
“Ele parecia um idoso, não um bebê”, afirmou a avó, Fae. Já os pais, Molly e Rick, relataram que o filho falou, andou e engatinhou muito antes do esperado.
As primeiras manifestações do que a família acredita ser memórias de uma vida passada surgiram quando Cade tinha apenas 3 anos. De acordo com a mãe, ele costumava acordar chorando no meio da noite, dizendo que trabalhava em um prédio alto e conseguia ver a Estátua da Liberdade da janela do escritório. Em uma das noites, o menino relatou ter sonhado que caía de um edifício, uma referência direta à forma como diz ter morrido.
Rick, o pai, garantiu que Cade jamais teria tido acesso a informações sobre os atentados. “Ele não viu nada sobre isso. Foi antes de começar na escola. Não temos ligações com Nova York e nunca mostramos nada sobre o 11 de Setembro.”
Foto: Chao Soi Cheong/AP/Arquivo
Inicialmente, os pais pensaram que se tratava apenas de uma imaginação ativa. No entanto, a mãe começou a reconsiderar a hipótese quando o filho passou a descrever com riqueza de detalhes a explosão de um prédio e a própria queda.
"Enquanto eu caía, ainda estava vivo. Depois, os destroços me atingiram. Não senti nada, porque já estava morto", teria dito Cade.
A criança também desenvolveu um medo intenso de aviões, fobia de lugares altos e um interesse incomum por aviação.
Especialistas em fenômenos paranormais que acompanham casos do tipo apontam que tais comportamentos podem ser indícios de traumas ligados a supostas vidas passadas.
Em determinado momento, Cade passou a afirmar que seu nome verdadeiro não era Cade. Ele pediu que a família o chamasse por outro nome, mantido em sigilo pelos pais. Após compartilhar a história em um fórum online, Molly recebeu um link para o obituário de um funcionário que morreu no World Trade Center. A descrição da vida e da morte do homem era idêntica aos relatos do filho.
"Foi assustador. Tudo o que ele contou batia com aquela história. Mas nunca entrei em contato com a família da vítima. O que se diz em uma situação como essa?", comentou a mãe.
Hoje, Cade enfrenta dificuldades de socialização. De acordo com os pais, algumas famílias da vizinhança evitam que os filhos brinquem com ele. Na escola, o comportamento do menino também tem gerado preocupação entre os professores.
"Está tornando a infância dele muito difícil", lamentou o pai.
O episódio de Cade, exibido originalmente em 2013, está disponível no YouTube e segue gerando debates sobre reencarnação, traumas infantis e fenômenos ainda sem explicação científica.
Admilson Leme