Parafraseando José Ingenieros, começamos; a percepção nossa em relação aos políticos no Brasil tem melhorado após tantos desmascaramentos e o desdobramentos das denúncias sendo expostos?
O que percebo nestes políticos é que sua convicção pessoal não tem nenhum peso. O que pensam ou defendem, não mantém relação com as ações do dia a dia nem com suas articulações.
Votam nisto, nisso ou naquilo, de acordo com os ventos de seus interesses, dos grupo, dos cúmplices, dos “outros”, desde que isto lhe traga alguma vantagem particular, ou seja visto como um investimento para benefícios futuros.
Um exemplo de perto: pense em projetos ou propostas feitas por algum vereador de Curitiba que venha de uma linha de raciocínio, de uma convicção de princípios, um ideal, e que tenha se concretizado e favorecido você como cidadão, ou algum vizinho ou conhecido... Vamos lá, tente encontrar... Difícil não é!?
No máximo vamos encontrar; sugestões, homenagens, propaganda enganosa e proposições atendendo clientes, que de nada ou pouco valem para a cidade como um todo, para a munícipe eleitor, pagador de impostos. Bem, quanto ao prefeito e seus administradores regionais, acho melhor eu ir reclamar para o Bispo mesmo.
As ações de um homem público deveriam passar pela orla de si mesmo como ser humano e não como “autoridade” que acha que merece tudo. Em seguida e com a mesma consciência agir pensando naqueles que votaram nele, naqueles que ele representa. Assim dentro dos ideais e das ideias defendidas em campanha, fundamentados e respaldados em princípios éticos, humanos e morais – ao menos a moral política.
Um político que se deixa “desfigurar” por interesses financeiros e dos grupos dominantes dentro do partido, age com grão-mestre da mediocridade, charlatão público defensor das volúpias, míope. Um verdadeiro câncer no meio a sociedade. Sem coragem e senso de justiça para a verdade da vida pública e das prioridades dos que o elegeram, vai tecendo seu caminho para o caos de sua própria biografia de vida. Cada vez mais medíocre, hipócrita e mais desfigurado.
Buscar a “virtude política” em meio aos acontecimentos no país, seja na perspectiva municipal e federal, mesmo sendo muito difícil neste meio viciado, não é algo inatingível. Mas, eles; os engravatados, bons de papo, populares, não a querem em seu meio. Não querem, por que perderiam todas as suas benesses particulares, seu palanque populista, seus cacoetes de mentiras. Porque discutir e entender ideias e ideias buscando a verdadeira finalidade da política, que é conduzir, organizar, pensar a sociedade, atender anseios coletivos e individuais legítimos da população e da Nação; melhorar os níveis de educação a fim de aprimorar a estrutura social, refinar a cultura e os hábitos da sociedade e dos homens que nos cercam.
Extirpar estes homens através do voto será sempre e cada vez mais necessário, pois; no político medíocre, a cabeça é um simples adorno do corpo.
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Humberto Schvabe
Humberto Schvabe