“Treze movimentos populares e entidades jurídicas se unem contra permanência do maior aterro sanitário de Curitiba na região”

Organizações da sociedade civil redigem carta contra aterro da

Treze movimentos populares, entidades jurídicas, associações de moradores, associações comunitárias, partidos e o Centro de Assistência Social Divina Misericórdia da região, dirigido por Irmã Anete Giordani, posicionam-se contrárias à permanência do aterro sanitário da Essencis, o maior de Curitiba, na região.

Os movimentos consideram que o impacto ambiental nos reservatórios de água e nos habitantes locais é grave. O mais imediato é o risco de despejo das 64 famílias da ocupação Tiradentes II, do Movimento Popular por Moradia (MPM), que montaram vigília na frente da Essencis há cerca de 70 dias.

O documento, lançado em uma marcha nas ruas da região na manhã deste sábado, cita também a possibilidade de contaminação da água no local. “Em frente ao lixão, a poucos metros de distância, está situada a Estação de Tratamento de Água (ETA) Passaúna, da Sanepar, que capta água da represa do Passaúna e distribui a 551.640 pessoas, segundo dados da Sanepar de 2012/2013, em 24 bairros de Curitiba e de Araucária, com capacidade para atender até 800 mil pessoas”.

Em defesa da água, contra o lixão

O aterro sanitário da Solví Essencis, situado na Cidade Industrial de Curitiba, é um lixão que impacta diretamente a vida de milhares de famílias que residem na região. A paisagem da montanha de lixo, o odor que alcança quilômetros de distância, os urubus e outros animais que são atraídos por essa atividade e os riscos de contaminação do solo, da água, dos rios, das nascentes e do subsolo da região, assim como o risco de deslizamentos, são alguns dos impactos mais sentidos.

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Além disso o aterro contraria normas básicas da legislação ambiental do Estado do Paraná, como a Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEMA) nº 094, de 2014, que estabelece que o aterro não pode estar situado a menos de 1.500 metros de núcleos populacionais, e essa regra no caso do lixão da CIC conflita com o Conjunto Habitacional Corbélia construído pela COHAB de Curitiba.

E tem mais: em frente ao lixão, a poucos metros de distância, está situada a Estação de Tratamento de Água (ETA) Passaúna, da Sanepar, que capta água da represa do Passaúna e distribui a 551.640 pessoas, segundo dados da Sanepar de 2012/2013, em 24 bairros de Curitiba e de Araucária, com capacidade para atender até 800 mil pessoas. Essa Estação de Tratamento da Água é impactada pela inadequada proximidade com o lixão, com os animais contaminantes e com o risco de acidentes que possam contaminar o solo e o tratamento da água.

Além disso, o lixão já deveria ter sido encerrado, pois todo o seu entorno está densamente povoado, e a capacidade atual está no limite. A empresa, contudo, pleiteia expandir suas atividades, o que é inadmissível.

Por isso, em defesa da nossa água e do nosso bairro, pedimos o fechamento do lixão!

Vigília pela vida, feita por moradores da Tiradentes II, está em frente aos portões da Essencis / Pedro Carrano

Fonte: BdF Paraná

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Edição: Pedro Carrano

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Fonte: www.brasildefato.com.br

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