Agente educacional é acusada de racismo em escola de Curitiba; estudantes reagiram

Colegio Estadual Lysimaco Ferreira da Costa Curitiba Space 3-gazeta-do-bairro

Uma agente educacional é acusada de racismo contra um estudante dentro da sala de aula no Colégio Estadual Lysimaco Ferreira da Costa, no bairro Água Verde, em Curitiba. O caso aconteceu na última quarta-feira (21) e veio à tona após postagem do deputado estadual Renato Freitas (PT). Em nota encaminhada à imprensa, a Secretaria da Educação (Sedd) informou que a profissional será remanejada e medidas administrativas serão tomadas.

No vídeo divulgado pelo deputado, a agente educacional diz que um estudante fez carinha de macaco. Em seguida, uma estudante fala: “Chamou ele de macaco, racista”. A agente educacional então responde: “Não é nem preto. Onde esse menino é preto? Onde que eu chamei ele de preto”. Na sequência, outra estudante questiona a mulher se ela “acha normal xingar a pessoas?”. “Quem? Xingou o quê?”, responde a inspetora.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação informou que a direção do colégio teve uma reunião com o estudante alvo do racismo. Ele estava acompanhado da mãe. Ainda, o órgão informou que promoveu falas em sala de aula a respeito do combate ao racismo e da da importância do respeito à diversidade étnico-racial.

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“A funcionária foi remanejada, e a Secretaria seguirá analisando o caso para tomar as providências administrativas cabíveis. A Seed-PR repudia todo e qualquer ato racista e reforça que o ambiente escolar é um local de aprendizado, respeito e celebração da diversidade”, diz a nota.

A APP-Sindicato, que representa os professores e funcionários da rede estadual de ensino, informou ter entrado em contato com a direção para manifestar solidariedade ao estudante:

“Reiteramos nosso compromisso permanente com o combate ao racismo dentro e fora das escolas, espaço por excelência da formação de cidadãos e cidadãs críticos(as) e engajados(as) na construção de um mundo livre de todas as formas de discriminação. A luta por uma educação antirracista continua”, afirma nota da APP.

Assista o vídeo aqui.

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