Os Portos do Paraná registraram um aumento de 71,4% no saldo positivo, em que as exportações superam as importações. Entre janeiro e abril de 2019, o valor movimentado com produtos que saíram do Brasil, via Paranaguá e Antonina, superaram o gasto com produtos de origem estrangeira que chegaram no país em mais de U$1,5 bilhão.
Nos primeiros quatro meses do ano, os Portos do Paraná movimentaram 15,7 milhões de toneladas, sendo 9,7 milhões em exportações e 6 milhões em importações. Somente em abril, foram 4,2 milhões de toneladas movimentadas. As exportações somaram 2,8 milhões de toneladas, contra 1,3 milhão de toneladas importadas.
Dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços indicam que, no Paraná, a arrecadação gerada com as exportações, sozinhas, aumentaram em 4,2%. Em 2019, foram quase U$5,2 bilhões em valor exportado contra U$4,9 bilhões, no mesmo período em 2018.VOLUMES - As exportações de milho, pelo Porto de Paranaguá, apresentaram aumento de 32% no primeiro quadrimestre de 2019. De janeiro a abril, foram 892.419 toneladas embarcadas, tendo como principal destino o Irã. No mesmo período, em 2018, foram 677.554 toneladas exportadas. Considerando apenas o mês, o aumento foi ainda maior. Em abril, no ano passado, nenhum volume foi exportado pelo Porto de Paranaguá. Este último mês, em 2019, foram quase 301 mil toneladas de milho exportadas.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, no ano passado, a produção de milho no Paraná sofreu uma quebra pela seca, o que gerou uma redução na disponibilidade do produto para exportação.
“Esse aumento se explica, mais efetivamente, pela agenda da exportação dos grãos. Como a soja colheu mais cedo este ano, as exportações de soja também foram antecipadas, abrindo janela para começar a escoar o milho”, afirma Edmar Gervásio, especialista do Deral.
Ainda segundo ele, o milho paranaense destina para exportação principalmente a segunda safra (safrinha), cuja colheita começa a se intensificar a partir do final deste mês. “As exportações tendem a aumentar mais a partir de julho”, completa. O milho movimentado por Paranaguá tem origem nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e São Paulo.CARGA GERAL – Das quase 15,8 milhões de toneladas movimentadas nos primeiros quatro meses deste ano, quase 3,5 milhões são de Carga Geral. O segmento registra aumento de 8% em relação ao acumulado de janeiro a abril de 2018. O volume está maior, principalmente sentido exportação.
Neste segmento, as cargas mais movimentadas pelo Porto de Paranaguá são as cargas soltas como açúcar, celulose e veículos. A movimentação em contêineres também segue em alta. O aumento registrado é de 12%, no total. De 238.309 TEUs movimentados em 2018, passou para 266.137 TEUs este ano. As principais cargas movimentadas por contêineres, no período, são frango, madeira, papel e celulose, via exportação, e fertilizantes, plásticos, produtos químicos orgânicos e máquinas (reatores e caldeiras), na importação.ANTONINA – A movimentação de cargas pelo Porto de Antonina também segue em recuperação. O aumento registrado no quadrimestre é de 89%. No total, este ano, de janeiro a abril, foram 346.435 toneladas de cargas movimentadas. No mesmo período, em 2018, foram 183.385 toneladas.
“Antonina voltou a movimentar bastante fertilizantes e vem se recuperando de um ano não muito movimentado, como foi 2018, principalmente no primeiro semestre”, explica o diretor de operações, Luiz Teixeira. Além do fertilizante, açúcar em sacas e farelo de soja são transportados em Antonina.
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Humberto Schvabe
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