A chamada Lua de Morango atinge seu ponto máximo de visibilidade nesta quarta-feira (11), às 4h44 (horário de Brasília).
Apesar do nome curioso, o satélite natural da Terra não ganhará coloração avermelhada nem se parecerá com a fruta. O termo tem origem em tradições culturais e não está relacionado a características visuais da Lua.
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A designação foi adotada por tribos indígenas da América do Norte, que associavam a Lua cheia de junho ao período de colheita dos primeiros morangos da estação.
Embora não faça sentido do ponto de vista agrícola no hemisfério Sul, onde os ciclos sazonais são diferentes, o nome se popularizou também em países abaixo da linha do Equador.
De acordo com a NASA, os nomes tradicionais das luas cheias ganharam notoriedade a partir da década de 1930, quando o Maine Farmer’s Almanac, nos Estados Unidos, passou a publicá-los com base nas nomenclaturas indígenas. Desde então, esses termos se tornaram amplamente reconhecidos e utilizados.
Na Europa, a Lua cheia de junho também é conhecida como Lua de Hidromel ou Lua de Mel, nomes ligados a antigas tradições associadas à fertilidade e aos casamentos celebrados nesse período.
Visibilidade estendida e o chamado "paralisação lunar"
O fenômeno acontece dois dias antes do lunistício ponto máximo da declinação lunar no céu. Popularmente apelidado de "paralisação lunar", o termo não deve ser interpretado de forma literal.
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Segundo o astrônomo Marcelo de Cicco, o que ocorre, na prática, é que a Lua permanecerá visível por um período mais longo, proporcionando mais tempo para observações a olho nu.
“Mais tempo pra curtir a Lua nos céus”, comenta o especialista.
Esse ciclo é natural, ocorre há milhões de anos e se repete periodicamente. A fase cheia, por si só, já é uma das mais aguardadas por observadores do céu e, com esse fenômeno adicional, deve atrair ainda mais atenção de curiosos e entusiastas da astronomia.
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Admilson Leme