Música: Quando eu me chamar saudade (Nelson Cavaquinho | Guilherme de Brito)Sei que amanhãQuando eu morrerOs meus amigos vão dizerQue eu tinha um bom coraçãoAlguns até hão de chorarE querer me homenagearFazendo de ouro um coraçãoMas depois que o tempo passarSei que ninguém vai se lembrarQue eu fui emboraPor isso é que eu penso assimSe alguém quiser fazer por mimQue faça agora.Me dê as flores em vidaO carinho, a mão amiga,Para aliviar meus ais.Depois que eu me chamar saudadeNão preciso de vaidadeQuero preces e nada mais. Pense em uma vida sem a morte. E será uma dor insuportável, uma existência insuportável, é impossível viver sem a morte. A morte define a vida, lhe dá uma certa intensidade. Como a vida está passando continuadamente, cada momento se torna precioso, se a vida fosse eterna, quem se importaria? Todos poderiam esperar pelo a manhã para sempre, então quem viverá o aqui e o agora? Mas, como no futuro há a morte, isso força você viver o aqui e o agora. Você tem que mergulhar no momento presente, tem que ir o mas fundo possível, porque ninguém sabe se o próximo minuto virá ou não. Se você for capaz de perceber esse ritmo, estará em paz com a vida e com a morte. Quando a felicidade vem, ela é bem vinda, quando a infelicidade vem ela também é bem vinda, sabendo-se que são parceiras de um mesmo jogo. Isso é algo que precisa ser continuamente relembrado. Se você fizer disso uma lembrança fundamental, sua vida terá um sabor completamente novo: o sabor da liberdade, do desapego, o sabor do desprendimento. Você permanecerá calmo, silencioso, aceitando o que der e vier.
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