Paz! Paz! Paz!

Uma vez que o Homem adquiriu plena certeza pela intuição espiritual, nunca mais pode cair vítima da incerteza, embora ligeiras nuvens possam, por vezes, empanar o brilho dessa consciência divina. Pode o crente perder a sua crença em Deus – mas não pode o crente perder a sua ciência de Deus. Há um caminho da insciência para a ciência – mas não há regresso desta para aquela.
Posso saber hoje o que ontem ignorava – mas não posso ignorar amanhã o que hoje sei de Deus por intuição experimental. O que sei por experiência íntima é patrimônio meu, inalienável, no presente e no futuro e para todo o sempre. Porque essa experiência é identificada com meu próprio ser – e como poderia eu perder o meu Ser?
Depois de uma experiência assim, desertará de mim o derradeiro vestígio de dúvida, o mais tênue resquício de incerteza. Sei que tenho os pés solidamente firmados na rocha do Eterno, do Absoluto, do Infinito, sei que atingi a última fronteira da realidade.
E com o desvanecimento da dúvida sobre Deus, desvanece também a dúvida sobre mim mesmo. Sei o que sou. Sei aonde vou…
E então vem sobre mim essa grande paz, essa imensa serenidade, essa inegável dinâmica e dulcíssima beatitude que ultrapassa toda a compreensão e da qual nada sabem os profanos gozadores… se o soubessem, não tolerariam, por um só instante a miséria dos seus “prazeres”…
E tal ponto me penetra e me permeia essa divina felicidade que minha alma se transforma num clamor ingente, no veemente anseio de ver felizes todos os seres que povoam o Universo de Deus. Também, como poderia eu tolerar ao meu lado um único ser infeliz, se Deus e eu somos tão imensamente felizes?
Sei agora o que Jesus quis dizer com as misteriosas palavras:
“O Reino de Deus está dentro de vós”…
Sei o que é o “Nascimento pelo Espírito”…
Sei o que é a “Vida Eterna”…

 

 

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