Comunidade LGBTQ+ cobra marcas com consciência

Comunidade LGBTQ+ sabe o que quer das marcas e também sabe cobrar

A diversidade e inclusão são pautas cada vez mais importantes no mundo corporativo. Abordar esses temas é essencial em uma sociedade que não deve aceitar a fobia com o que é diferente da norma, incluindo a LGBTfobia, que leva à violência física, psicológica e exclusão desse grupo da sociedade. As marcas e empresas têm o poder de contribuir para mudar esse cenário, mas é importante que as ações sejam coerentes e estruturais para serem verdadeiras.

Para atuar nessa causa, é necessário se questionar sobre o que a comunidade LGBTQ+ espera das marcas. Quais atitudes são obrigatórias e quais realmente promovem a diferença, tanto para sociedade quanto para os indivíduos e para a própria empresa? Antes de qualquer atitude externa, é fundamental que a empresa conheça a realidade social da comunidade LGBT+. O conhecimento da causa é fundamental para entender e ouvir quem tem propriedade de fala, ou seja, quem vive na pele a realidade para compreender a dimensão da sigla LGBTQIA+.

Os dados confirmam que o Brasil é líder no ranking de países mais violentos contra os integrantes da comunidade LGBTQ+. De acordo com pesquisa realizada em 2018, a cada 20 horas uma pessoa morre por conta da LGBTfobia no país. Além da violência física, 73% dos estudantes LGBTQ+ relatam ter sofrido violência verbal, sendo um fator que propicia a evasão escolar. Para instituições que atuam nesse território é impossível ignorar as estatísticas, afinal, aproximadamente 18 milhões de brasileiros são LGBTQ+. Por isso, é importante que as empresas reconsiderem suas políticas de contratação, benefícios e local de trabalho para torná-las mais inclusivas.

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Uma das formas mais eficazes de defender grupos minoritários é proporcionar espaço e voz dentro das corporações e da sociedade para que as relações interpessoais comecem a se tornar mais igualitárias. Isso também é benéfico para as empresas, já que as companhias com quadros mais diversos têm 35% mais chance de retorno financeiro que a média do mercado. É necessário que políticas internas sejam criadas de forma genuína e responsável, e não apenas para se adaptar à tendência ou obrigatoriedade.

As marcas, há algum tempo, já estão mais atentas ao assunto diversidade, principalmente por meio da publicidade direcionada a esse público. No entanto, atitudes somente mercadológicas não são o bastante. É fundamental que a inclusão da comunidade LGBTQ+ seja uma atitude coerente e estrutural, existindo a inclusão dos membros em todas as esferas da vida. Estratégias de marketing precisam estar sempre atualizadas e são positivas quando apoiam a diversidade, pois promovem diálogo também com pessoas fora do círculo LGBTQ+.

O que a comunidade LGBTQ+ espera das marcas vai muito além de produtos. Existe um ciclo de inclusão que é essencial para combater a vulnerabilidade e violência. O ciclo começa no trabalho, passa pelos direitos de educação, saúde, política e família para, no fim, haver muito mais poder para combater à violência. Oportunizar oportunidades de empregos às pessoas LGBTQ+ é o primeiro passo para contribuir de forma justa com o Ciclo de Inclusão dos indivíduos na sociedade.

Por fim, é importante destacar que as Legislative Brands são uma tendência que é necessidade. São empresas que usam seu poder de influência para exigir e promover mudanças reais de interesse coletivo que tornam o mundo um lugar melhor. É preciso fazer com que pessoas LGBTQ+ deixem apenas de ser temas em campanhas sobre diversidade das empresas e comecem a fazer parte delas.

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