Curso permite que usuários de Caps retomem rotina e capacita para nova profissão em Curitiba

Superação
Para o eletrotécnico A.G., que concluiu o ensino médios nos anos 1970, voltar à sala de aula foi um grande desafio. “Muitas dessas contas de matemática eu não me lembrava mais”, comenta ele. Incentivado pela família, o usuário buscou atendimento no Caps há quatro meses, quando “não dava mais conta de trabalhar, em razão do uso excessivo de álcool. O curso de elétrica predial era uma possibilidade de agregar conhecimento em sua atual carreira profissional, o que o levou a aceitar participar do curso. O esforço do eletrotécnico e dos demais alunos ganhou uma ajuda inesperada: a técnica de enfermagem Brenda Rodrigues de Oliveira se voluntariou para dar aulas em matemática e física básica para o grupo. Para A.G., as aulas de reforço fizeram toda a diferença. “Quando eu comecei a conseguir resolver aquelas contas me deu vontade de soltar fogos de artifício”, relata emocionado. O usuário já tem feito “bicos” na área durante o fim de semana, quando não está no curso ou em atividades do Caps. “É impactante vê-lo falar de como o curso tem feito diferença na vida dele, de como o fez reconectar com o antigo trabalho”, revela a coordenadora do Caps. Luís (nome fictício), de 22 anos, também está cursando elétrica predial. Chegou ao Caps com quadro depressivo e uso de drogas. Ele convive com quadros convulsivos desde a infância, quando foi vítima de bullying. Foi no mercado de trabalho que seu quadro de saúde trouxe os principais problemas psicossociais. “Quando eu conseguia o emprego, mas falava que tinha convulsões, logo era mandado embora”, lamenta Luís. O rapaz ficou surpreso ao saber das vagas do curso destinadas aos usuários. “Lá o foco é a formação. Ninguém veio falar do meu problema de saúde. Eu sou como qualquer outro aluno”, afirma Luís.Parceria
“É uma parceria sensacional, ainda mais sabendo que eles [Senai] têm uma grande procura e lista de espera”, disse Karin Gabardo. A seleção para o curso de janeiro já está sendo realizada. “Será de panificação e terá duração de três meses”, adianta. Para participar, o interessado deve estar participando regularmente do tratamento e atender as condições clínicas avaliadas pelos profissionais de saúde do Caps Bairro Novo.Feas
Os Centros de Atenção Psicossocial são administrados pela Feas. Com cerca de 4 mil funcionários, a fundação é um órgão da administração indireta da Prefeitura de Curitiba. A Feas faz a gestão de 28 unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba, como o Hospital Municipal do Idoso; o programa Saúde em Casa; o Centro Médico Comunitário Bairro Novo; as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Tatuquara, Boqueirão, Fazendinha e CIC; a Central Saúde Já Curitiba e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Confira asNotícias de Curitiba e Regiãona Gazeta do Bairro.Acompanhe maisnotícias de curitiba e região aqui na Gazeta do BairroNotícias dos Bairros CuritibaFonte:servidor.curitiba.pr.gov.br
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Humberto Schvabe
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