Como reflexão para este final de ano, quando fazemos nossos tradicionais planos para o novo ano, vou deixar aqui uma reflexão sobre a natureza do homem, ou mais precisamente da sociedade.
Poderia dizer que sobre a natureza humana, esta mudança praticamente não existe. Na verdade vamos assistir algumas adaptações, artifícios e armas diferenciadas, mais modernas, e por vezes mais dissimuladas.
É claro que a tendência e o uso desta modernidade tem como um dos principais eixos, a grande rede da internet sob o comando das gigantescas redes sociais.
Neste meio não existem apenas os tecnólogos que manipulam as informações e consumo. Vamos encontrar os progressistas modernos e os mais tacanhos conservadores se digladiando como defensores do bem comum. Na realidade lutam para impor seus interesses, para o bem e para o mal, visando se manter na proa do controle destas modernidades, ou mais precisamente no controle destas forças visando sustentar seu poder político, econômico e social.
Uma verdadeira guerra dissimulada, onde vale tudo, que fica muito mais transparente neste momento de polarização entre os extremos da esquerda e da direita, uma realidade onde quem procura se manter crítico para fugir destes extremos, não consegue mais espaço para colocar ideais democráticos de maior equilíbrio social.
São comunistas, fascistas, neo nazistas, xenófobos, racistas, defensores de minorias, sexistas e tantos outros grupos organizados tentando impor sua vontade, sem a menor consideração e respeito pelo pensamento contrário. Impõe a supremacia de seus ideais sobre a liberdade de expressão. Ou está comigo, ou está contra.
Para onde vai este mundo em meio aos milhões de robôs? Robôs gerados por forças praticamente desconhecidas e anônimas, difundindo e ampliando mensagens extremistas, de enfrentamento social, de denominação.
Mas pode se tranquilizar caro leitor, querida leitora; Ainda resta esperança. Estas mensagens são difundidas por robôs, mas tem sua origem em iniciativas humanas (por enquanto) e a informação manipulada sempre existiu.
Otimista, continuamos acreditando que o instinto de sobrevivência ainda há de se impor aos mais afoitos e, assim, a racionalidade humana poderá nos resgatar deste precipício para onde caminhamos com esta polarização.
Humberto Schvabe