Um dos auges da mímica nos quadrinhos. Baseado em uma figura que desenhou para uma plateia de estudantes dois anos antes, o veterano cartunista Carl Anderson, lança em 1934 seu personagem Henry em tiras. Renomeado no Brasil como Bexiguinha, Carequinha, ou principalmente, Pinduca, o personagem estrela a tira que à primeira vista parece uma simples piada, no entanto por trás de seus enredos há uma complexidade gráfica única.


O protagonista é uma criança que não possui boca, logo é mudo e não pode sorrir, suas expressões faciais se resumem aos olhos, os coadjuvantes apresentados (que são poucos regulares) raramente falam através de balões; suas feições corporais limitavam mudanças de poses, e apesar dos enredos apresentarem travessuras e simpatias, a observação do leitor tem de ser muito atenta para captar todas as mensagens dos autores.


O artista criou a tira inicialmente semanal prestes a completar 70 anos, sofria de depressão e artrite, também lecionava técnicas de cartum na tentativa de mudar de carreira. Por todas essas questões precisava de assistência para a produção, o que foi conveniente para preparar seus sucessores e manter o personagem após sua morte em 1948.
A criação de tiras novas durou até 1995, quando então passou a ser reprisada até seu cancelamento em 2018. No Brasil Pinduca foi publicado em jornais e compilado em revistas em quadrinhos das principais editoras do país.

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