Se você parar para ouvir as histórias que os motoristas de transporte escolar vivenciam, vai concordar comigo que elas merecem ser registradas numa boa crônica, ou até mesmo serem registradas num livro.
Alimentando um pouco minha curiosidade e inspiração para este texto, conversei com Irene e Willian do Transporte Escolar Júnior’s da Vila Hauer e Silvia e Agnaldo do Transporte Fazendinha.
Relataram a complexidade dessa tarefa, a responsabilidade com as crianças onde, tentando minimizar os transtornos com relação aos horários, sempre fazem o possível para otimizar o tempo criança dentro da condução.
O mercado do transporte escolar cresce, mas exige comprometimento e responsabilidade. O público alvo são crianças na faixa entre três e doze anos, é um serviço que exige atenção e responsabilidade.
Um dos momentos mais críticos dos profissionais do setor é o início do ano letivo; período muito difícil. Alunos e endereços novos, ajustes de linhas e horários, um verdadeiro quebra-cabeça.
No primeiro dia de aula, vem a chamada, tudo certo. Mas você não conhece ainda a carinha da criança e assim, quando menos espera, tem ali alguém com o mesmo nome, mas que não é da sua condução. Tudo isso acontece, mas, segundo os “amigos” entrevistados, trabalhando com responsabilidade e atenção tudo se resolve.
Complicado mesmo é elaborar o itinerário pro carro, pensando em uma solução eficaz que possa sanar seus problemas de horários com entrega agilizada, atendendo horário da aula, conforto de cada criança do grupo conduzido pela van.
A importância de uma monitora capacitada é fundamental e o primeiro passo que ela goste de crianças e que seja responsável.
A história “anônima” que me levou a esta crônica foi da motorista de um transporte me contando que uma mãe liga e pergunta:
- Escuta onde está o material escolar de meu filho, já que o cachorro dei um jeito de ficar com ele.
A motorista assustada: - Como assim, do que a senhora está falando? que cachorro?
- Meu filho chegou com um cachorro dentro da mochila e segundo ele o material está embaixo do banco da Van.
Imediatamente a motorista foi até a condução e realmente lá estava o material. Na mesma hora ela foi levar e saber exatamente o que havia acontecido, e o que o menino havia relatado para sua mãe.
Ele e os amigos encontraram um cachorro na escola, (provavelmente de algum pai que foi buscar o filho), todos queriam o cachorro que acabou ficando com o “espertinho de minha condução” e este disse para a mãe que ganhou o animal da tia da condução.
Por fim tudo ficou acertado com a mãe, e uma chamada de atenção na monitora. Tudo esclarecido, o cachorro voltou para o seu dono que realmente tinha ido à escola com um pai de aluno, e havia desaparecido.
As histórias são muitas, mas todas com um final feliz.
Humberto Schvabe