Começou nesta quarta-feira (10/4) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em todo o país. Curitiba vai seguir a determinação do Ministério da Saúde e, até 18 de abril, vai destinar as duas primeiras semanas para vacinar um público prioritário específico: gestantes, crianças de 6 meses até 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias) e puérperas (mães de recém-nascidos de até 45 dias).
A intenção é ampliar a cobertura vacinal nesses três grupos, que em anos anteriores ficou abaixo do esperado em todo o país. A vacina contra a gripe será ofertada em 110 Unidades de Saúde de Curitiba de segunda à sexta-feira, no horário de atendimento de cada posto.
“Assim como os idosos, são públicos bastante vulneráveis às complicações da gripe, mas que ainda não procuram a vacina com a mesma frequência. Essa medida visa ampliar a adesão das gestantes e das crianças, em especial”, destaca o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides de Oliveira.
No ano passado, por exemplo, a cobertura geral da vacinação em Curitiba foi de 83% entre todos os públicos prioritários. Mas apenas 59% das gestantes e 58% das crianças se vacinaram.
A professora Tatiana Ferrari de Abreu, 30 anos, está no sexto mês de gestação e aprovou a estratégia. “Gostei da proposta, afinal, na gravidez, ficamos mais vulneráveis a certas doenças. Se temos a oportunidade de nos prevenir, por que não fazê-lo?”, disse ela, que nesta terça-feira (9/4) esteve na Unidade de Saúde Mãe Curitibana para atualizar a carteira vacinal para hepatite B e dupla (contra difteria e tétano). “Volto amanhã para me vacinar contra a gripe. Também vou trazer meu filho de 2 anos, ele também pode se imunizar nesses primeiros dias da campanha”, disse.Segunda faseA segunda fase da campanha, aberta a todos os públicos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, começa no dia 22 de abril e vai vacinar todos os públicos definidos como prioritários: gestantes, puérperas e crianças entre 6 meses e 6 anos incompletos, pessoas com mais de 60 anos, profissionais de Saúde, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais e professores da rede pública e privada.
Para se vacinar, é necessário apresentar documento com foto e carteira de vacinação (alguns grupos precisam de documentos adicionais, confira abaixo).
“Este ano, a campanha começa uma semana mais cedo, o que mantém o tempo hábil para que as pessoas se imunizem antes da chegada dos dias mais frios, quando o vírus se propaga com maior intensidade”, explica Oliveira.
A vacina contra a gripe que será aplicada nas Unidades de Saúde é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), do tipo trivalente: contém duas cepas do tipo A do Influenza e uma cepa do tipo B e protege contra os vírus H1N1, o H3N2 (ambas do Tipo A) e o influenza do tipo B Victoria.
Ocorreram duas mudanças em relação à vacina trivalente indicada do ano passado, com cepas diferentes para o H3N2 e para o a cepa do tipo B. Por isso, é essencial que as pessoas dos grupos prioritários que se imunizaram em 2018 façam nova vacina este ano.Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em Curitiba – de 10 de abril a 31 de maio1ª fase – 10/4 a 18/4 – Exclusiva para gestantes, puérperas e crianças menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias).2ª fase – 22/4 a 31/5 – Para todos os públicos prioritários: gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses e 6 anos incompletos, pessoas com mais de 60 anos, profissionais de Saúde, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais e professores da rede pública e privada.- A vacina contra o vírus Influenza pode ser feita junto com todas as vacinas do calendário, sem necessidade de intervalo com outras vacinas.- Contra-indicações: Crianças menores de seis meses, quem apresentou reação em doses anteriores ou tenha alergia grave ao ovo de galinha e seus derivados.
- Documentos necessários: carteira de vacinação e documento de identificação com foto.
Pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais devem apresentar também prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.
Puérperas devem apresentar certidão de nascimento do bebê, cartão-gestante ou documento do hospital em que ocorreu o parto
Profissionais do público-prioritário, como professores e trabalhadores da Saúde, devem apresentar contracheque ou crachá.
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Autor:
Humberto Schvabe
Humberto Schvabe