O mês de maio vai ser de atividades de conscientização para a redução de mortes no trânsito. Na manhã da sexta-feira (4/5) foi lançado o Maio Amarelo, movimento internacional que fala sobre o alto índice de mortes no trânsito. O evento aconteceu na Prefeitura de Curitiba.
“É um problema cultural que requer uma mudança de concepção das pessoas. Os guardas municipais, que desde o mês de fevereiro têm a atribuição de atuar no trânsito, registram como a infração mais cometida pelos motoristas curitibanos a falta do uso do cinto de segurança”, afirmou o secretário municipal da Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.
Para mudar esse panorama, a defesa da Polícia Rodoviária Federal e de outros órgãos fiscalizatórios é da inclusão da educação para o trânsito no currículo escolar. “A violência no trânsito se enfrenta com atitudes. Tem muita coisa possível de se fazer, mas que precisa do envolvimento da sociedade como um todo. Nós defendemos a inclusão da matéria de forma transversal no conteúdo do ensino fundamental e médio”, disse o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado.
A atuação conjunta foi o ponto destacado pelo diretor-geral do Detran, Marcelo Panizzi. “Na busca pela segurança, não podemos atuar isoladamente. A parceria entre governo do Estado, prefeituras e sociedade civil é essencial”, defendeu ele, colocando à disposição a estrutura de videoconferência do Detran, que conta com 65 salas e 14 estúdios para transmissão de conteúdo a distância.
Durante a solenidade de abertura do Maio Amarelo, foram apresentadas as análises mais recentes do Projeto Vida no Trânsito em Curitiba, que demonstram preocupação com os públicos-alvo que mais sofrem com a violência do trânsito - motociclistas e pedestres são as principais vítimas fatais.
“O óbito é apenas a ponta do iceberg da violência no trânsito”, acrescentou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak. De acordo com ela, a rede municipal de saúde faz de 30 a 40 atendimentos diários de acidentes de trânsito.
Participaram do evento a secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila Winkeler; o presidente da Associação Comercial do Paraná, Gláucio Geara; o diretor-geral da Guarda Municipal, Odgar Nunes Cardoso; o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), tenente-coronel Naasson Polak; ajudante-geral da Polícia Militar, coronel Reginaldo Silva de Oliveira; além do líder da do governo na Câmara, vereador Pier Petruzziello; de representantes do Observatório Nacional de Segurança Viária e outras instituições parceiras.
HistóricoPresente em 27 países, o Maio Amarelo é um movimento internacional de conscientização para a redução dos acidentes de trânsito e que surgiu com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
A ideia é mobilizar os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações e sociedade civil organizada para discutir o tema. Maio foi escolhido porque no mesmo mês, em 2011, a ONU decretou a década de ação para a segurança no trânsito. O amarelo foi escolhido por simbolizar a atenção e a sinalização de advertência no trânsito.
AtividadesNas próximas semanas, abordagens com públicos diversos serão desenvolvidas pelo grupo Trânsito Seguro. As atividades começam neste sábado (5/5), Dia Mundial do Trânsito, com treinamento e conscientização voltados a motociclistas, das 10h às 15h, no estacionamento do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.
O público-alvo da semana que vem será o de estudantes universitários, com abordagens de manhã e à noite em universidades. No dia 18, barracas e viaturas na Boca Maldita chamarão a atenção de pedestres e, no dia 22, será feito um passeio ciclístico. Os motoristas serão abordados no dia 29, em pontos da cidade que recebem reclamações frequentes quanto ao comportamento dos condutores.
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Humberto Schvabe
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