Instituições de ensino buscam novos métodos de avaliar seus alunos 18/05/2016– Desde muito cedo, aprendemos a lidar com as avaliações. O termo em questão, está diretamente associado às provas, exames, notas, em ser aprovado ou reprovado. Todo esse processo é característico do modelo de educação tradicional, o qual vem sendo questionado por especialistas da área. Tal processo, tem como objetivo orientar alunos e professores quanto a aprendizagem. Mas será que ele é realmente eficaz?
Para Antonio Raimundo dos Santos, diretor de educação do ISAE/FGV, de Curitiba (PR), esse sistema é falho, já que com ele, não é possível saber o quanto o aluno adquiriu de conhecimento. “Hoje, os alunos estão condicionados a sentar em sala, responder a chamada e perguntar o dia da prova. Um 8 em uma avaliação tradicional não quer dizer que o aluno realmente aprendeu o que foi ensinado. Se aplicarmos a mesma prova, cinco dias depois, sem avisá-lo, veremos os verdadeiros resultados”, explica.
Para o especialista, que atua em uma das principais escolas de negócios do Brasil, é necessário pensar nas avaliações de forma coerente, como um instrumento transformador, algo que leve o aluno ao seu real crescimento e aprendizado, seja em qual for o grau acadêmico. “Aqui no ISAE/FGV, mudamos os métodos de avaliação e temos visto grandes resultados. Alunos e professores empolgados em aprender e ensinar de forma efetiva. Nossos alunos são avaliados de forma contínua, o conteúdo aplicado é tratado de forma que leve o aluno a refletir e aprender de verdade”, comenta.
Ainda segundo Antonio Raimundo, o sistema educacional brasileiro está longe do ideal. Para ele, o processo de avaliação deve acontecer de forma contínua e adequada, levando em consideração principalmente o desenvolvimento, o crescimento e o acúmulo e experiência do aluno. “Com esse novo olhar, é possível não só melhorar os percentuais de aprendizagem, como transformar a vida dos alunos e a sociedade”, completa.
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Humberto Schvabe
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