Ao mesmo tempo em que continua seu crescimento vertiginoso, os problemas urbanos de nossa querida Curitiba vão se acumulando. Assim, além de munição para a campanha política, esta realidade se reflete na cidade como um todo. Por outro lado assistimos também ataques de alguns pesquisadores e jornalistas estrangeiros que tinham por hábito se derramarem em elogios para com a capital paranaense. Será que Curitiba perdeu a capacidade de inovar como afirmam alguns? Pois bem, em primeiro lugar, manter uma cidade nos níveis de higiene e qualidade de vida que temos em Curitiba, não é nada fácil e em especial, diante deste mundo político que nos cerca. A isto podemos acrescentar ainda a realidade econômica que nossos administradores garantem ser deprimente. É claro que poderia ser melhor administrada. Mas quando se fala de administração pública as coisas não são nada fáceis como podem atestar também outros prefeitos que precederam à Gustavo Fruet. Se o prefeito tivesse se cercado de uma equipe diferente da atual poderia ter feito mais? Difícil garantir. Veja o exemplo do Pinheirinho, enquanto o administrador anterior se “embolava” no trabalho sem envolver a comunidade, o atual encarregado pela Administração Regional tem se apresentado de maneira bem mais ativa. A cada dia a gente vê e ouve pessoas comentando a mobilidade do mesmo com uma gestão que parece ser também mais flexível e aberta. Sua equipe, e mesmo aqueles que continuam na regional, se mostram mais bem humorados no dia a dia de trabalho, mais dispostos e diria que até mais ativos mesmo. Esta mudança no pessoal é uma simples impressão, já que não convivo ali e poucas vezes tenho ido fora dos eventos oficiais. Em relação à cidade como um todo temos ouvido o mais renomado e comemorado prefeito urbanista Jaime Lerner criticar que a cidade não inova mais e que fica copiando dos outros. E, à nova proposta de transporte coletivo, critica como sendo apenas uma meia linha de metrô. Inquestionável o trabalho de Lerner em Curitiba. Mas temos de lembrar também que teve como dar continuidade aos projetos e a felicidade de administrar com uma equipe fantástica de urbanistas. Ele foi prefeito de 1971 a 75; de 1979 a 84 e de 1989 a 92, foram 3 mandatos intercalados por correligionários que continuaram lendo sua cartilha assim como muitos daqueles que que lhe sucederam, preservando o nome de cidade modelo que se estendeu até mesmo para outros governantes menos competentes. É Certo que hoje vivemos outra realidade, mas também é certo que precisamos de mais acertos administrativos. Precisamos sim.
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