Metamorfose na Saúde
Sempre buscamos a causa do que está ocorrendo. Com relação à saúde, temos o hábito de pensar: “O que originou o problema?” Melhor, contudo, é perguntar que lição podemos aprender.
Quando penso na metamorfose de uma lagarta em borboleta, dou-me conta de que todas as etapas são importantes para que as asas e a perfeição da borboleta possam se desenvolver. Quando a borboleta se liberta do casulo, arranca o invólucro e começa a estirar suas asas, a secar-se e a desenvolver a força para voar. Se tentássemos ajudá-la, quebraríamos suas asas, e isso a impediria de voar e de sobreviver.
Quando enfrentamos uma doença ou, especificamente, a “esclerose”, a primeira coisa que devemos eliminar é o medo, e então fortalecer as asas do pensamento centrado no Amor divino, que nos abriga e sustenta.
Diversos têm sido os experimentos para reverter a esclerose. Entretanto, no caso de Giselle Jordan, de Washington, Estados Unidos, a cura ocorreu após Giselle adotar uma perspectiva diferente. Depois de vários exames médicos, ela recebeu o diagnóstico de “esclerose múltipla”, sem esperança de tratamento. A única alternativa era o alívio parcial dos sintomas.
Seu anseio espiritual a motivou a encontrar novas respostas e transformação. Ela deixou de ter um conceito limitado de si mesma e passou a se identificar com qualidades como a paciência, a perfeição e a pureza. Teve de vigiar seus pensamentos para focá-los no que é bom, e se desprender pouco a pouco do casulo do medo, para que sentisse a fragrância do Amor divino que a foi libertando, dia após dia, dando-lhe forças para voar e ficar livre da doença.
Ao refletir sobre a experiência de Giselle, veio-me ao pensamento a perseverança que podemos desenvolver para alcançar um objetivo. Se o tempo dentro do casulo parece ser longo, é bom considerar a metamorfose pela qual Giselle passou: ao ver que sua identidade é espiritual, ela encontrou a almejada saúde.
Humberto Schvabe