Ah! Como me tornei flexível e plasmável, depois que descobri a Verdade! (“Descobrireis a Verdade e a Verdade vos libertará”)
Como me sinto leve e luminoso e despreendido de tudo!... Parece que vou roçando apenas, mui de leve, com asas de andorinha as coisas da vida material... E que halo estranho e belo envolve tudo que me rodeia!... Os objetos, antes tão opacos, parecem todos transparentes, como se dentro deles ardesse uma luz...
Estou de amores divinos com o mundo inteiro... Tudo que vejo, ouço e sinto me parece uma discreta mensagem d´Ele, meu Divino Amor, um murmúrio dos seus lábios, um aceno dos seus olhos, um eco da sua voz, uma pulsação do seu coração, um presente das suas mãos...
Este mundo é tão belo, depois que ví a eterna beleza...
Eu me sinto imensamente livre...
A Verdade me libertou...
Foi abolido o inferno, desde que o Paraíso tomou conta de mim. Também, como poderia haver inferno lá onde a Verdade está?... A onipresença do céu eclipsou a presença do inferno...
Foi também abolida a morte, pois como poderia haver morte, lá onde impera a vida?
Abolida foi a presença do pecado pela onipresença do amor.
Pecado, morte, inferno - em parte alguma!
Amor, vida, paraíso - por toda parte!
Humberto Schvabe