Difícil chegar ao editorial sem levar o pensamento para a realidade que nos cerca, para o convívio social. Primeiro a condição geral da população que mesmo ainda distante daquilo que almejamos, podemos considerar como um dos melhores momentos da Nação Brasileira, resultado de políticas públicas mais voltadas para o social, chegando por vezes ao protecionismo.
É um caminho que foi aberto com a democracia que também se consolida, mas que preserva em seus meio, vícios horríveis e desvios de conduta vergonhosos. E o pior, quando estes desvios são identificados, o criminoso, em vez de baixar a cabeça e sair de cena com vergonha de ter sido flagrado, primeiro nega, depois justifica. Se não consegue dissimular o crime, desaparece e vai à busca de “bons” e caros advogados que partem em falhas no processo ou meios para protelar julgamentos, sonhando com o arquivamento. Alguns já não conseguem, e são condenados. São poucos, mas é um bom sinal da Justiça Brasileira. Falta muito? Falta, no entanto, o caminho parece que está aberto. Resta recuperarmos a chamada “vergonha na cara”.
Enquanto isto, os desmandos continuam, os desvios se avolumam, a corrupção assola a Nação rumo à Copa do Mundo e a mais um pleito eleitoral. Aliás, se o custo das campanhas anteriores atingiram patamares semelhantes aos do país mais rico do mundo (EUA), imagina o que virá depois da copa. Obras super, hiperfaturadas, receitas de tributos aumentando todos os meses, ao lado da sede de poder cada vez maior são indicativos de grandes reservas de recursos para a campanha.
Para nós resta manter as antenas ligadas.

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