Aqueles que levam a vida a sério, se tornam patológicos, porque a vida não é algo sério. É feita de diversão, toda ela. É uma canção a ser cantada, uma dança a ser dançada, um amor a ser vivido, mas sempre de forma muito divertida.
A partir do momento em que você se torna sério, fica bloqueado, o fluxo para. Você fica separado da energia universal. Você não pode dançar quando está sério porque a seriedade é basicamente tristeza. A seriedade é também sinônimo de cálculos, negócios: a pessoa está sempre procurando um motivo – por quê? Sempre perguntando: “por que fazer isso? o que irei ganhar com isso? Qual será o lucro?” essas são atitudes do mundo dos negócios. São boas atitudes se você está lidando com o mercado, mas estão completamente erradas quando você começa se voltar para dentro. Quanto mais se voltar para dentro, mais a vida lhe parecerá alegre, enormemente alegre. É necessário ter senso de humor e também um senso de diversão.
No passado os valores eram exatamente opostos. Os santos foram muito felizes e sérios, como se a vida fosse um peso, um enorme sacrifício. Eles carregavam montanhas em suas cabeças, não estavam livres como crianças, brincando sem um motivo específico, brincando só por brincar... sem qualquer idéia de tirar proveito disso.
Humberto Schvabe