Hoje, ao invés de escrever sobre a mobilização da população que vem acontecendo nos últimos dias, resolvi colocar este exemplo de persistência, dedicação e especialmente de amor, que tenho guardado em meus arquivos. Até, porque confesso, ainda não consegui entender o que está acontecendo, quem são estas pessoas que estão nas ruas e porque estão se mobilizando. Será um teste, ou modismo se criando dentro das redes sociais?
Também, esta “coisa” de estar enviando e recebendo e-mail com todo tipo de mensagens, em geral é uma chatice. Mesmo que alguns realmente tenham valor, sempre fica certo stress antes de ver o conteúdo que os amigos enviam.
Hoje, mais que ver, tive a paciência de rever uma mensagem daquelas que faço questão de manter arquivadas.
Uma mãe, que esteve durante todos os dias ao lado da filha, leva seu exemplar depoimento do período de luta no tratamento contra o câncer de sua filha no período dos 7 e 8 anos:
“E tão fácil reclamar da rotina. Eu que o diga... não aguentava mais o cheiro do pão de queijo da lanchonete do hospital, minhas costas gritavam de dor por causa do sofá que usava como cama e a rotina desgastante do tratamento me impedia de dormir por mais de 3 horas ininterruptas. Durante a madrugada, toda hora entrava uma enfermeira no quarto, tinha um remédio pra dar, levá-la ao banheiro arrastando um suporte de soro, quantificar a urina...
Enquanto eu me lamentava, lá estava Ana Luiza... rindo!
Enfrentou uma barra pesadíssima, passou por circunstancias que você só imagina em filmes de terror e estava lá... rindo pela centésima vez do Robin Rotten, o vilão de Lazy Town. Se pra mim a rotina era ruim, pra ela deveria ser péssima, mas nada deveria nos impedir de sorrir. Que dizer, de dar gargalhada. Era exatamente isso que ela fazia”.
Depois de tudo isto esta mãe deixa a seguinte mensagem que também reproduzo na íntegra e da maneira que recebi:
“Sabe que muitas vezes a escolha de resmungar e reclamar da vida é sempre mais facil, porque quando a raiva vem, queremos logo falar e botar tudo pra fora, aprender a viver é difícil, mas não impossível, assim como a cura dessa pequena menininha chamada Ana Luiza, quando vejo que tem tanta gente que passa por situações muito mais complicadas que a minha, eu penso que não sou nada mesmo, e de nada vale a vida se eu não fizer escolhas certas, escolhas que mudaram toda a minha vida que hoje eu vivo e que ainda viverei...
Qual tem sido a sua escolha?
Qual tem sido o seu papel na vida das pessoas?
Será que ser para sempre quem você é vai te levar a algum lugar na vida?
Porque ignorar que Deus nos deu o dom de vivermos cheios do Seu amor e compaixão, ajudando as pessoas e não só pensando em nós mesmos?
Porque somos tão rígidos quando precisamos mudar?
Saiba que as suas escolhas de hoje vão refletir no seu amanhã.
Será que você está preparado para uma vida satisfatória?”
Espero que tenha valido a pena a leitura, para você também.
Humberto Schvabe