A mudança do grupo político que assumiu a prefeitura de Curitiba se apresenta como sendo uma grande novidade, algo diferente. Nem PSDB de ontem, nem PMDB de anteontem. Nem PT e nem mesmo PDT, pois é resultado de coligação e de “apoios”, como acontece em todas as majoritárias.
Vamos acompanhar como tudo isto se apresenta. Novidades, sim e muitas. Novo modelo de gestão; melhor ou pior, só o tempo dirá.
Começa com os principais cargos que a princípio foram muito bem recebidos, pois tem um viés mais técnico que político. E neles podemos até levar em consideração a necessidade de mudanças nas principais funções em todos os níveis, afinal, venceu uma nova proposta, com promessas de mudanças. Que fiquem, e parece que na maioria estão ficando, os profissionais que durante a campanha ficaram trabalhando de fato em seus cargos. Aqueles que deixaram de trabalhar na função pública, ou dividiram o tempo de trabalho com a campanha, entendo, não podem mais continuar nos cargos.
O que é de estranhar, são os que estiveram na linha de frente da campanha de derrotados, mudaram de lado na “hora certa” e hoje assumem postos de comando. A gente estranha, mas sabe que é muito comum. Problema do e para o administrador, a nós resta continuar de olho para ver se estão trabalhando de acordo. O ideário político é o que menos importa neste momento, pois muita coisa tem e precisa ser feito por estes que estão chegando agora à prefeitura. Novidades, sim, muitas. Mudanças, sim, nem tanto quanto parecia no primeiro momento.
Este alerta é para que fiquemos de antenas ligadas para acompanhar as pessoas que estão entrando agora nos cargos de confiança, nos postos chaves da atual administração. Ver se levam suas funções a sério, pois muito precisa ser feito por esta cidade que cresce de maneira assustadora. E mais que a cidade como um todo, a nossa região, onde a explosão demográfica é a maior da cidade.
Humberto Schvabe