O Supremo Tribunal Federal, do interior da grande vitrine em que esteve ao longo dos últimos meses, ao final, mesmo colocando o dedo na grande ferida da corrupção, deixou claro que não tem condições nem independência suficiente para ser o exemplo que precisa ser.
Condenou, condenou, mas; na cadeia mesmo, ainda não enviou ninguém do mensalão, chamado “o maior escândalo de corrupção da história brasileira”, mesmo sabendo que não foi o pior. É sim o “maior escândalo” trazido a público pelos institutos de fiscalização e controle do Brasil e julgado pelo Supremo, envolvendo políticos de alta cúpula.
Cansados, os senhores do Supremo já avisam: não pretendem julgar outras ações penais tão grandes. Então...
No outro lado, sem compromisso oficial, o quarto poder, a Imprensa, investiga e denuncia alguns “esquemas” da República; é o espírito da liberdade de expressão, em suas várias facetas; uns servindo-se desse poder para galgar outros poderes e benefícios, outros para se locupletar e traficar influências, e os idôneos ou sonhadores, que dedicam sua vida na identificação e na divulgação das ilegalidades e dos desvios.
Nossas expectativa na busca de uma Nação mais justa e equilibrada se concentra neste momento na possibilidade e na esperança (mais nesta) de que os integrantes do legislativo, ao lado da imprensa encontrem a melhor medida, e em especial, a melhor conduta, visando utilizar de maneira justa e correta a sua presença na sociedade e em especial a razão de terem sobre si esta responsabilidade.
E eu acreditei e ainda acredito, mesmo sem esperar a perfeição, que um dia a justiça brasileira possa chegar um ponto de equilíbrio e seriedade que lhe permita, simplesmente, ser mais justa. Só assim, por suas mãos e por seu exemplo, poderemos diminuir a injustiças de nosso querido Brasil.
Feliz Natal e mais um Ano Novo de muita esperança para garantir uma vida saudável e livre a todos.
Humberto Schvabe