O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, assegurou que a atenção à saúde mental será prioridade em sua gestão, principalmente o enfrentamento do flagelo social representado pelas drogas, em especial o crack. A garantia foi dada durante reunião com representantes da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Federação dos Hospitais do Paraná, esta semana, em Curitiba.
A associação solicitou o encontro para discutir a difícil situação enfrentada pelos hospitais psiquiátricos, e obteve do secretário um sinal positivo quanto à necessidade da adoção de medidas urgentes para o equilíbrio financeiro dessas instituições. Também esteve em pauta a necessidade de se estabelecer ações de médio e longo prazos visando implantar a Rede de Atenção em Saúde Mental, proposta apresentada aos diretores que faz parte dos compromissos do governador Beto Richa.
Michele Caputo informou que já havia visitado, em janeiro, o Hospital Colônia Adauto Botelho e o São Roque, ambos na região metropolitana de Curitiba. Imediatamente foi autorizada a liberação de R$ 1,5 milhão para obras de reforma no Adauto Botelho, a fim de melhorar as instalações e ampliar a oferta de leitos psiquiátricos. Para o Hospital São Roque estão sendo estudadas alternativas de atuação na Rede de Atenção à Saúde Mental.
O Paraná dispõe atualmente de 92 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo 62 de atendimento geral, dois com leitos de internação de curta permanência, sete de atendimento infantil e 21 para atendimento de dependentes de álcool e drogas. Além disso, estão disponíveis 54 ambulatórios de saúde mental, oito hospitais dia e 36 hospitais com leitos psiquiátricos que atendem o SUS no estado.
Humberto Schvabe