FAS trabalha para “tirar de casa” os maiores de 60 anos de idade

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Segunda-feira, dia 1º de outubro, foi celebrado o Dia Internacional do Idoso. A Prefeitura, por meio da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), atende mais de 4 mil pessoas idosas em programas socioassistenciais. São ações que beneficiam quem tem onde morar, mas precisa de apoio para cultivar o convívio social ou os vínculos familiares, como também para aqueles que não têm família ou vivem longe delas, nas chamadas instituições de longa permanência, e os idosos que precisam de ajuda para sair de situações de violência.

“A meta da gestão é abrir espaço para esse segmento crescente e com necessidades cada vez mais variadas”, disse a presidente da FAS, Elenice Malzoni.  Os idosos somavam 30,2 milhões de brasileiros no ano passado – 18% a mais que em 2012 – e devem chegar a 38 milhões até o final de 2018, quando o país terá 207 milhões de pessoas.

A maior parte desses idosos é acompanhada pelos 45 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), unidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. Nesses espaços eles participam de atividades lúdicas e culturais. São 2.326 homens e mulheres a partir de 60 anos, como o pintor automotivo “quase aposentado” Severiano Braz. Muitas atividades acontecem também em parques e museus.

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O pintor frequenta o Cras Vila São Pedro, na Regional Boqueirão, e não perde os passeios que a unidade oferece para locais como o Museu Oscar Niemeyer e o Parque Barigui. “É tanta coisa bonita para ver e mostrar para os outros que não tem como ficar em casa, parado”, disse Braz, que registra tudo o que pode na câmera do smartphone e não perde nenhum evento do grupo formado pelo Cras exclusivamente para homens.

Atendimento em domicílio

Quem não tem a mesma sorte de Braz e não pode sair de casa por doença ou dificuldades de locomoção, não fica isolado. Educadores e assistentes sociais visitam esses idosos nas casas deles para avaliar suas necessidades e encaminhar seu atendimento com a ajuda de outros órgãos e entidades. Em toda a cidade são 56 pessoas nessa condição.

Outros 788 idosos frequentam os cinco Centros de Atividades para Idosos (Cati). No da Praça Ouvidor Pardinho, por exemplo, podem participar do coral ou estudar línguas estrangeiras e pintura, entre outras atividades. É o caso da professora aposentada e poetisa Ione Zago. Há sete anos ela entrou no coral, que faz apresentações voluntárias para pessoas em condição de vulnerabilidade e também faz palestras de motivação. Seu objetivo é “fazer outras pessoas felizes”, conta.

Capacitação

Pessoas com o perfil de Ione também buscam novas habilidades e podem ter o desejo atendido nos cursos oferecidos pelos Liceus de Ofícios. Neste ano 140 pessoas com 60 anos ou mais concluíram cursos variados e outros 40 estão em fase de conclusão. Para quem quer começar a se familiarizar com a informática, a área de Qualificação Profissional da FAS está oferecendo 75 vagas para práticas de inclusão digital exclusivas para esse público.

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Nas quatro instituições de longa permanência, destinadas aos idosos em situação de risco social e sem vínculos familiares, moram 252 pessoas. É o caso do ex-metalúrgico João Savulski, resgatado das ruas onde vivia pela FAS, no início de 2017, depois de um ano de acompanhamento pelo órgão. Acolhido pela Casa do Vovô, no Pinheirinho, ele se diz satisfeito. “Quero ficar nessa casa até morrer porque estou num bom lugar. Minha família é essa”, afirmou.

Também podem ser transferidos para as unidades de acolhimento quem é vítima de violência doméstica, que em mais de 40% casos é praticada pelos filhos das vítimas. De janeiro a abril foram notificadas 83 ocorrências, atendidas pela Rede de Proteção da qual a FAS participa.

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