Confira cinco dicas práticas para ajudar estudantes em fase de alfabetização durante a pandemia
Criado em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Alfabetização reforça a importância desse processo para o desenvolvimento social e econômico mundial. A alfabetização é a base da educação e um direito fundamentado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Mas em tempos de pandemia e aulas remotas, esse processo pode gerar insegurança nas famílias que estão acompanhando o processo em casa. Para a coordenadora da disciplina de Português do Ensino Fundamental do Colégio Marista Anjo da Guarda, Luci Benevento Serricchio, a escola é o cenário ideal para a alfabetização, mas lenvando-se em consideração o cenário atual, é preciso encontrar formas de avançar. “É claro que a escola é o espaço ideal, em parceria com a família. Agora, ainda mais, há a necessidade de se criar um ambiente de interações e está mais difícil para o professor propor atividades para que o aluno tenha interesse e compreensão. Mesmo assim, os professores estão mostrando seu compromisso e engajamento pela aprendizagem das nossas crianças, como as famílias têm se mostrado muito colaborativas”, afirma Luci, que complementa: “essa participação é essencial em qualquer época - presencial ou remota”.
Aprendendo a ler o mundo
A escrita promove uma mudança muito grande na história pessoal das crianças. “É outra forma de captar o mundo”, observa Luci.
Se pensarmos na sistematização dessa aprendizagem, podemos dizer que ela leva tempo – afinal vivemos em um mundo grafocêntrico, repleto de livros, jornais, rótulos, cartazes, propaganda e outros elementos escritos – e não existe um final. O que merece ser celebrado é o nascimento do leitor, que não se limita a decifrar letras, sílabas e frases, mas que usa a leitura para sua vida.
Em casa, a família pode ajudar conversando, cantando, recitando quadrinhas (desenvolvimento da oralidade), contando e lendo muitas histórias, apresentando livros para as crianças folhearem e lerem aos poucos. “É importante evitar ensinar com uma metodologia diferente daquela da escola, apenas motivar e incentivar as crianças”, orienta a coordenadora.
Confira algumas dicas para estimular a alfabetização:
-Faça da leitura um hábito:separe algum tempo do dia para ler um livro para o seu filho, ou então incentivá-lo a ler, caso já consiga.
-Varie o estilo: aprender a ler é um mergulho em histórias dos mais diferentes estilos. Encontrar o que a criança mais gosta é, por meio de tentativas é um bom caminho para identificar a personalidade do leitor. Histórias em quadrinhos também são ótimas para variar e entreter os novos leitores, por exemplo.
-Estimule a escrita:o processo de alfabetização vai melhorar conforme a criança treinar. Por isso, uma sugestão é incluir a escrita no cotidiano, ajudando a preparar a lista de supermercado ou então nomeando os materiais escolares.
-Dê o exemplo:o hábito da leitura também é estimulado por meio do exemplo. Estabelecer um horário para leitura em conjunto ou conversar sobre um livro que está lendo reforça a leitura como algo prazeroso e interessante.
-Respeite o tempo do seu filho:o letramento é um período complexo e o aprendizado pode variar para cada criança. É importante encorajar a escrita, reconhecer o esforço do filho, mas sem cobrar um resultado imediato.
Sobre a Rede Marista de Colégios: A Rede Marista de Colégios (RMC) está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.
Humberto Schvabe