Jornalista Humberto SchvabeO Jornal o Estado de São Paulo publicou mais uma matéria mostrando, outra vez, a discrepâncias no ganho dos juízes e desembargadores brasileiros.
Até o nosso querido Juiz Sérgio Moro, por exemplo, já teve seu salário subindo do “normal” de quase R$ 30 mil, para um total de R$ 77 mil (num mês em que teve um monte de desculpas, mas ficou com o dinheiro), bem acima do teto constitucional. Como? Sei lá. Assim como os outros ele deveria explicar, justificar. Mas continuam calados. Calados recebendo férias, 13º, e gozando de férias e mais dois meses de recesso. Até quando?
Estes números da realidade que drena recursos da população para um grupo de profissionais vorazes e poderosos que hoje detêm o direito de fazer praticamente o que quiserem.
Escrever sobre isto é um risco, mas impossível se calar, mesmo aqui ante o exemplo dos colegas da Gazeta do Povo, com os juízes exigindo indenizações inalcançáveis ao nosso padrão de vida.
Há algo ainda mais grave que o prejuízo neste festival de dinheiro fácil de Suas Excelências e seus (in) devidos “auxílios”.
Nesta casta judicial de promotores, procuradores e outras corporações que usam o Judiciário como referência para seus salários, transforma estes beneficiados indiferentes à vida dos homens e mulheres comuns.
Segundo o texto do Estadão
“Um rapaz de vinte e quatro, vinte e cinco anos, ganhando R$ 40 mil por mês (confira que os dados do Estadão se referem a salários líquidos, já com os descontos de Previdência e Imposto de Renda) forma que tipo de visão de mundo? Passa a encarar como “inferiores” os que deveria ver como semelhantes a quem, em tese, deveria servir. A condição de juízes passa a funcionar como um título nobiliárquico, como se um concurso público justificasse a formação de uma “nobreza” funcional à qual os plebeus devem obediência e vassalagem.”
E o pior de tudo é que em sua grande maioria são formados e preparados para estas funções milionários dentro de uma redoma, longo do contato com a realidade, levando-os a se considerarem especiais e merecedores de mordomias e salários inimagináveis para nós pobres mortais.
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Humberto Schvabe
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