Mudar só pelo exemplo

Mesmo diante de tanta coisa acontecendo aqui ao nosso redor, no Paraná, em Curitiba e na região, nossa responsabilidade como profissionais da informação nos mantém de antenas ligadas para o tema principal deste nosso querido Brasil como um todo, a velha e viciada corrupção. Sua origem, e, em especial, a possibilidade de combater este vício que toma conta dos homens públicos, prestadores de serviços e empresários em geral.
Muito tem se falado dos políticos que é onde na verdade se concentra a “corja” os maiores “cara de pau”, falsos e mentirosos, travestidos de líderes religiosos, de empresários, de gente de bem, fingindo e dissimulando sem a menor vergonha; com muitos se apresentando como santos.
Para mim, é muita ignorância misturada com vícios arraigados ao longo do tempo que levam estes aproveitadores a considerar seus direitos muito além do razoável. É o direito de levar vantagem em tudo porque tem o respaldo popular do voto.
Tá certo e entendo que é mesmo difícil conseguir voto suficiente para vencer uma eleição, mas pergunto se isto justifica caixa dois e falcatruas com a desculpa de conseguir dinheiro para a eleição, para pagar cabo eleitoral e despesa de propaganda de candidatura? Comprar votos? Dinheiro público para pagar despesas de campanha?
…é muita desculpa e fantasia para dissimular o uso do bem público. São caminhos e recursos infinitos…
Na indignação, que dizem ser geral, marcam ponto os infinitos comparsas destas raposas, que entre uma eleição e outra, ou mesmo em uma depois da outra, se locupletam à sombra desta corrupção “levando o seu”. Entre estes estão também infinitos empresários habituados a participarem de concorrências públicas com comissões e favorecidos bem definidos, ex-eleitos assumindo cargos bem remunerados e em condições de distribuir benesses aos seus. Este é um contingente considerável visível aos olhos de praticamente todos nós. Eu sei, você sabe, de histórias onde uma concorrência ou serviço só foi viabilizado no organismo público depois de “molhar” a mão do “amigo”. Se eu não faço tem outro que faz. É difícil!
Aqui não tem solução. Faz parte da cultura do brasileiro. Não vai mudar não. Muda sim. Muda em especial na escola. E para começar mudo eu, depois exijo o mesmo comportamento das pessoas de minhas relações…
Inocência?
Pode ser, mas não vejo outro caminho. É através do exemplo que vamos educar os nossos filhos e a sociedade que nos cerca.

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