Renovação do mundo interconectado

Como ficará a globalização pós-coronavírus

A crise provocada pela covid-19 e o futuro da globalização

A pandemia do novo coronavírus tem gerado um panorama de grande estresse para a população mundial. Empresas e nações estão descobrindo o quão vulneráveis são e questionando o que está por vir na globalização pós-coronavírus.

À medida que as cadeias de suprimentos sofrem restrições críticas, a corrida por insumos médicos, entre outros itens de necessidades básicas, aumenta. Assim, o novo clima de incertezas leva a uma grande reavaliação da economia global interconectada.

O fim da globalização como um todo?

O modelo de globalização sempre foi alvo de muitas análises mundo afora, sobretudo no que diz respeito aos impactos positivos ou negativos que ela gera para a sociedade.

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Se, por um lado, ela é vista como uma solução para o desenvolvimento econômico e acesso a todas as facilidades do mundo moderno, por outro, são-lhe atribuídos os problemas climáticos e o estresse no dia a dia dos grandes centros urbanos.

Mas, independentemente de qual seja o melhor posicionamento, o fato é que, após várias décadas no mercado, o modelo enfrenta uma crise sem precedentes. Seria este o fim da globalização?

O novo coronavírus provocou o fechamento de fábricas e as suspensões das atividades já estão interrompendo as cadeias de suprimentos globais. O primeiro setor atingido foi o de tecnologia, pois parte de seus insumos é produzida na China, primeiro epicentro da pandemia.

Com o avanço da globalização, as empresas adotaram sistemas de abastecimentos globais, dando origem a uma longa rede de produção que uniu a economia mundial — um complexo de interdependência.

A economia globalizada atual exige uma especialização cada vez maior do trabalho entre países, um modelo que cria eficiências extraordinárias, mas também grandes vulnerabilidades. A crise atual deixa evidente que o sistema é frágil.

Diante do cenário de pandemia, os segmentos, de modo geral, que estão sendo prejudicados são montadoras, fabricantes de tecidos, varejistas, turismo e fabricantes de insumos hospitalares.

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Ou o fim da globalização como conhecemos?

O surto de coronavírus está colocando em xeque o modelo de globalização que conhecíamos até agora. Além de estarmos em um fenômeno difícil de entender, a disseminação do vírus enseja obstáculos complicados de lidar.

Devido à intervenção precoce, os países estão conseguindo reduzir a curva de novas infecções, mas as medidas que precisam ser tomadas restringem severamente a globalização como a conhecemos.

Isso está impulsionando ainda mais o território virtual e o campo do trabalho remoto — muitas pessoas e empresas estão aprendendo o que funciona em casa, principalmente aquelas atividades até então tradicionalmente físicas que podem ser resolvidas online.

O que podemos afirmar sobre a globalização pós-coronavírus é que, quanto menos as empresas confiarem na presença física para reuniões e execução de tarefas, menos impactos ela sofrerá. 

O que podemos esperar após o coronavírus

A primeira grande mudança que podemos esperar para o pós-coronavírus é a intensificação do trabalho remoto. E os profissionais atualmente estão mais preparados — ou espera-se — para seguir esse caminho.

Faz cada vez menos sentido perder horas com deslocamento para um escritório, quando o mesmo trabalho também pode ser feito em casa, sem o risco de infecções por coronavírus. 

Além do mais, inteligência artificial é uma tendência que pode automatizar a maior parte do trabalho de escritório atual e até mesmo o controle remoto de máquinas, reduzindo novamente a necessidade de aparecer no escritório.

O uso da tecnologia na cadeia produtiva também não é nenhuma novidade. As indústrias são altamente automatizadas, e cada vez menos os trabalhos são feitos pelos humanos. Ainda é muito cedo para dizer quais serão as extensões da crise do novo coronavírus, mas é fato que os mercados financeiros estão definitivamente preocupados com isso no momento. 

Essa crise já provou que tem potencial de afetar a vida de todos no mundo. E para mudar profundamente a globalização, mas não eliminá-la.

Em meio ao caos provocado na saúde humana e financeira de diversos países, também houve uma mudança significativa na dinâmica do poder entre as principais economias mundiais. Mais do que agir para contornar os prejuízos causados pela paralisação, é preciso buscar soluções eficientes para que as empresas saiam mais fortes dessa experiência.

Entre as mudanças necessárias à economia globalizada, um marketing ágil ganha ainda mais importância. É preciso encontrar novos caminhos para se proteger e se adaptar a esse novo mundo.

Por fim, a lição que fica é que a globalização não chegou ao fim, mas precisa ser remodelada. A evolução do trabalho remoto certamente será um dos grandes ensinamentos do coronavírus.

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