A oftalmologia pode estar prestes a dar um salto significativo com o desenvolvimento de uma técnica inovadora conhecida como EMR (Electrolyte-Enabled Remodeling).
O procedimento é capaz de corrigir problemas de refração, como miopia e astigmatismo, em cerca de um minuto, sem necessidade de cortes ou uso de laser.
O método utiliza uma lente de platina e uma corrente elétrica de baixa intensidade para remodelar a córnea de maneira precisa e controlada.
Diferentemente do LASIK, cirurgia amplamente utilizada que envolve o uso de laser e equipamentos de alto custo. A EMR surge como uma alternativa menos invasiva, potencialmente mais acessível e rápida.
Estudos preliminares, conduzidos por pesquisadores da University of California, Los Angeles (UCLA) e publicados em revistas científicas como a Nature Photonics, indicam que a técnica tem se mostrado promissora em testes laboratoriais e em animais.
A expectativa é que, no futuro, possa ser aplicada de forma segura em humanos, ampliando o acesso a tratamentos de correção visual.
Atualmente, a EMR ainda está em fase experimental e não disponível comercialmente.
Especialistas destacam que, apesar do entusiasmo, serão necessários anos de pesquisas clínicas para comprovar sua eficácia, segurança a longo prazo e regulamentação por órgãos de saúde.
Se confirmados os resultados iniciais, o procedimento poderá revolucionar a forma como problemas de visão são tratados, oferecendo uma alternativa menos invasiva e mais econômica do que as cirurgias refrativas convencionais.