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Curitiba pode permitir enterro de pets em cemitérios públicos

Proposta da vereadora Andressa Bianchessi busca garantir sepultamento digno para animais de estimação na capital paranaense

Curitiba pode permitir enterro de pets em cemitérios públicos

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) está analisando um projeto de lei que pretende autorizar o sepultamento de animais de estimação em cemitérios públicos da cidade.

A iniciativa é da vereadora Andressa Bianchessi (União), que defende a medida como uma forma de atender à crescente demanda por um serviço de despedida respeitosa para os pets.

No texto da proposta, a parlamentar classifica os animais de estimação como "seres irracionais domesticados para companheirismo e estimação, que convivem de forma harmoniosa com seus tutores".

Além de proporcionar um espaço adequado para o enterro, o projeto também busca garantir controle sanitário e evitar impactos à saúde pública.

Regras para o sepultamento

Caso o projeto seja aprovado, algumas normas deverão ser seguidas para o enterro dos pets. O tempo mínimo para retirada dos restos mortais será de dois anos após o sepultamento, e os animais não poderão ultrapassar 120 kg.

Além disso, será obrigatório o processo de “envelopamento”, que consiste no acondicionamento dos corpos em embalagens resistentes e neutras, visando a segurança sanitária.

Os tutores que desejarem enterrar seus pets precisarão apresentar uma Guia de Autorização para Liberação e Sepultamento de Animais Domésticos.

O documento deve conter informações detalhadas, como:

Nome do cemitério municipal onde será realizado o sepultamento;

Data do óbito, raça e nome do animal;

Dados do tutor, incluindo endereço e contato;

Declaração de óbito assinada por um veterinário registrado, atestando a causa da morte e confirmando que o animal não faleceu devido a doenças transmissíveis aos humanos;

Autorização do responsável pela sepultura ou local de inumação.

Tramitação na Câmara

Atualmente, o projeto aguarda análise da Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal de Curitiba (Projuris). Após essa etapa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidirá se a proposta será encaminhada para votação nas comissões temáticas.

Se aprovado em todas as instâncias, o texto seguirá para deliberação no plenário da CMC, onde precisará ser aprovado em dois turnos sem modificações para então ser enviado à sanção do prefeito Eduardo Pimentel (PSD).


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