Economia

Ceasa e Sindaruc levam sua experiência ao Brasil

Foi reconhecido oficialmente o Banco de Alimentos como um dos melhores exemplos que se espelha Curitiba servindo de exemplo para o Brasil. 

Contando com a presença de diversas autoridades e empresários daCeasa Curitiba, os permissionários e produtores da Ceasa Curitiba tiveram a satisfação de ver reconhecido oficialmente o Banco de Alimentos como um dos melhores exemplos que se espelha Curitiba servindo de exemplo para o Brasil. 

Denominado hoje, oficialmente, como “Banco de Alimentos Comida Boa” o projeto recebeu a visita d o  ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, que foi ali  recebido pelo governador em exercício, Darci Piana, pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, pelo presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz, pelo presidente do Sindaruc Paulo Salesbram, outros empresários do setor e convidados.

A visita do ministro teve como objetivo também levar o exemplo para viabilizar ações educativas entre as Ceasas dos estados e melhorar a captação e distribuição de alimentos para pessoas em vulnerabilidade social, alimentar e nutricional.

No último dia 1 de Agosto o ministro conheceu as instalações onde funciona o programa, onde assinou um termo de cooperação técnica visando expandir e apoiar uma rede nacional de bancos de alimentos.

Fonte de todos os alimentos distribuídos, os produtores e os permissionários da Ceasa doam alimentos que não são comercializados, mas em boa condição de consumo para distribuição e processamento que é feito por pessoas privadas de liberdade em um projeto de ressocialização que ao mesmo tempo beneficia mensalmente, cerca de 130 mil pessoas, por meio de 301 entidades cadastradas que recebem e distribuem os alimentos a instituições assistenciais, hospitais, orfanatos e escolas.

“Foi um aprendizado o que eu vi aqui hoje. Além de reduzir o desperdício e disponibilizar alimento bom e saudável para quem precisa, eu também encontrei um programa que tem o aspecto social como prioridade, com pessoas que estão cumprindo penas, mas que trabalham, dão renda para família e reduzem penas, o que também contribui para evitar a reincidência”

Wellington Dias

Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa recebe anualmente um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado.

O Banco de Alimentos funciona nas cinco unidades do Estado – Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. “Nós conseguimos levar a produção do agricultor paranaense, que alimenta o Estado, o Brasil e o mundo, a uma parcela mais vulnerável que precisa de apoio”, afirmou Norberto Ortigara.

A Associação Nova União de Pinhais é uma das instituições beneficiadas pelo projeto. Os alimentos recebidos por ela são distribuídos a cerca de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social. “São pessoas abaixo da linha da pobreza que sobrevivem por meio deste projeto”, afirmou o presidente da instituição, Amarildo Amaral.

Cerca de 80 pessoas que cumprem pena e estão privadas de liberdade trabalham no processamento dos alimentos. De acordo com dados do Departamento de Polícia Penal (Deppen), 68% de pessoas do sistema prisional que trabalharam no programa conseguiram retornar para o mercado formal de trabalho.

“O nosso projeto recupera vidas. É uma iniciativa com grande repercussão social, muito amplo e completo. Ele reinsere estas pessoas na sociedade. Então nós esperamos agora que o Brasil acate isso para replicar este exemplo”, afirmou Éder Bublitz.

NOVA FASE – O programa é voltado à segurança alimentar e nutricional e quer se tornar ainda mais sustentável a partir deste segundo semestre. Ainda há uma sobra identificada de 35 toneladas/dia de alimentos nas cinco centrais. O objetivo é ter desperdício zero. Para isso, parte destes alimentos serão encaminhados aos criadouros conservacionais do Estado, que recebem animais resgatados e também fazem reprodução de espécies ameaçadas de extinção. Os produtos serão utilizados para a alimentação destes animais.

O restante será utilizado em compostagem, para criar substrato a ser utilizado no programa Paraná Mais Verde, que promove o plantio de mudas em todo o Paraná. Esse projeto foi inclusive apresentado à ONU há duas semanas.


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