Muitas pessoas têm dificuldade em se comunicar verbalmente devido à gagueira. Infelizmente, brincadeiras feitas sobre essa falha podem constranger o indivíduo.
A medicina considera a gagueira como uma disfemia, que é uma alteração na pronúncia das palavras sem lesões no aparelho fonador. A principal característica da gagueira é a repetição de sílabas e/ou pausas longas ao pronunciar palavras. Curiosamente, isso não ocorre quando uma pessoa gaga canta, pois o cérebro processa a fala e o canto de maneiras diferentes. O processo da fala envolve a tradução do pensamento linguístico dentro de um tempo ótimo de rapidez linguística, onde a linguagem oral é necessária para que a articulação da linguagem ocorra de forma sincrônica e apropriada. No cérebro de uma pessoa gaga, essa habilidade de processamento temporal é afetada. A definição da gagueira não é simples, pois existem várias teorias que tentam explicá-la, sendo a de Bloodstein uma das mais destacadas; a gagueira é resultado da luta interior do indivíduo que fala.
Existem três tipos de gagueira: Hereditária, Afásica, Bilíngue, Tônica do Atraso de Linguagem e Esquizóide. Uma pessoa gaga pode cantar sem dificuldades, pois o canto não requer uma expressão verbal própria (que não precisa ser trabalhada antes de ser pronunciada), uma vez que o ritmo e a letra da música já existem. Assim, o gago só precisa interpretar a música, sem a necessidade de processar a fala para cantar.
A gagueira é tratada de diferentes formas na fonoaudiologia, portanto, assustar ou fazer qualquer outra coisa desse tipo com uma pessoa gaga não irá curá-la. Somente um profissional qualificado pode oferecer tratamentos para a gagueira, ajudando a controlá-la e até mesmo a curá-la, dependendo do caso.
Existem muitas pessoas famosas que são gagas, como Aristóteles, Charles Darwin, Marylin Monroe, Napoleão Bonaparte, Nelson Gonçalves e Machado de Assis.